Sétimo Capitulo

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Sétimo Capitulo

Harry empurrou a porta da sala do diretor, ele não estava na sala, Harry caminhou pela sala, enquanto olhava em volta, ele ouviu a fênix e olhou para ela, Harry deu um sorriso cumprimentando a grande ave.

Em passos lentos Harry examinou totalmente a sala, ele soltou o ar ao ver a penseneira, suas memórias voltando a um Voldemort jovem. Harry passou a língua pelos lábios e um sorriso bobo cobriu seus lábios.

- Tom Riddle. – Sussurrou sentindo as mesmas sensações que sentira na primeira vez que disse o nome dele, em seu segundo ano.

Harry deixou a curiosidade o levar e caminhou em direção a penseneira, ele olhou em volta e para ela, sem certeza, se lembrava muito bem de Severus tentando mata-lo depois de ter visto as memorias dele.

Harry puxou a varinha e jogou um feitiço para avisar quando alguém estivesse se aproximando, ele olhou outra vez para a penseneira e então enfiou a cabeça. Harry ficou confuso estava no meio de uma floresta, ele olhou em volta e então Dumbledore passou por ele.

Era uma lembrança de Dumbledore? Ele seguiu o diretor até uma clareira, onde ele viu um grupo, Harry travou, seu corpo não conseguia seguir em frente, parado de frente para ele, olhando através dele estava o vampiro que havia o transformado.

'- Aqui está a minha parte do pagamento. – Dumbledore falou empurrando uma criança, ele olhou confuso para o garoto assustado e então para Dumbledore. – Qualquer um de vocês que for capturado, tem que dizer que foi a mando do Lorde Voldemort.

- Nós sabemos nossa parte. – Falou revirando os olhos. – Podemos matar quantas crianças quisermos, foi o que prometeu. Não vai estar lá para impedir, não é?

- Estarei fora na noite do ataque... Não matem Harry Potter. – Falou se virando - não toquem nele.

- Não iremos. – Falou rindo olhando para o garoto'.

Harry se sentiu enjoado, enquanto sua magia o alertava sobre a proximidade ele saiu da penseneira e se afastou dele, indo até a mesa do diretor, ele fechou a mente e não deixou a expressão de horror transparecer.

- O que faz aqui, Sr. Potter? – Harry olhou para o professor de poções, ele tentou abrir a boca, mas não conseguiu. Seus olhos foram do professor para a penseneira e Severus conseguiu ver o horror nos olhos verdes escuros. – O que você viu?

- Prof. Snape, eu estava procurando o diretor, ele pediu que eu viesse aqui para conversar. – Falou enquanto a expressão voltava ao vazio costumeira, os olhos apagados.

- Ele já deve... – Severus parou e se virou, ele então fez um aceno com a cabeça. – Diretor Dumbledore.

- Oh, que bom que estão aqui. – Falou se aproximando, Harry o viu fazer um movimento com a mão e a penseneira sumiu. – Meus meninos.

- Precisa de algo?

- Na verdade queria saber como está sendo a alimentação de Harry, você ainda está... ajudando-o? – Perguntou com aquele típico sorriso, Harry fechou os olhos, soltando um suspiro frustrado.

- Estou tomando bolsas de sangue desde que cheguei, Diretor. – Falou e olho para Severus. – Só me alimento do Prof. Snape quando não consigo controlar os impulsos, o que é muito raro.

- Isso é bom, não seria legal se boatos começassem a circular por Hogwarts. – Falou se sentando, Harry apertou o punho, o cheiro nojento que vinha do diretor estava deixando-o enjoado.

- Se foi só isso, eu preciso me alimentar. – Falou e saiu de lá, sem esperar por qualquer palavra.

Harry sentiu as pernas ceder assim que entrou pelas portas do seu quarto. Aquilo não podia ser verdade, Harry havia confiado nele todos aqueles anos, e continuaria se não tivesse visto as memorias. Era culpa dele estar daquele jeito, era culpa dele que fosse um monstro agora.

Severus sabia? Se perguntou enquanto sentia sua raiva aumentar, ele segurou a varinha com força, tentando controlar a vontade de queimar todo aquele lugar. Ele pelo menos morreria junto.

- Potter? – Harry olhou para trás, no segundo seguinte Severus estava prensado contra a parede, suas costas bateram com tudo na parede e ele soltou um gemido de dor, confuso. – Harry? – Ele sentiu o cheiro de sangue a mente pareceu apagar.

O garoto não respondeu, ele puxou a varinha, fez alguns movimentos com ele e depois a deixou cair no chão, então mordeu Severus, sem esperar ele reagir, diferente de todas as outras vezes, dessa vez ele sentiu dor, o veneno parecia queimar suas veias e ele gritou, sentindo as presas afundarem cada vez mais nele.

Ele parecia estar concentrando uma quantidade muito maior de veneno, enquanto sugava seu sangue. Ele tentou se soltar, pela primeira vez com medo do garoto, Severus sentiu o desespero o tomar quando o corpo começou a ficar fraco, então ele tentou segurar o rosto de Harry.

- Por favor... Harry. – O garoto parecia fora de si, não ouvindo – Por favor.

Harry se afastou, vendo o professor escorregar e cair desacordado no chão, ele apertou os punhos e socou a parede vaias vezes irritado. Ele encostou a testa na parede, os dedos machucando a própria pele. Quando finalmente se acalmou se afastou da parede, olhando para o homem caído.

- Sinto muito Prof. Snape – Falou baixo se aproximando dele, ele o pegou no colo e o levou até sua cama.

Harry se sentou no canto do quarto, no chão. Sua mente estava confusa, a raiva ainda borbulhando por baixo da pele. Ele levou as mãos ao rosto, tentando se acalmar para não fazer nada precipitado.

Não podia ficar com raiva de Severus, o Professo jamais o trairia daquela forma, Severus passou a vida dedicado a proteger Harry, jamais faria parte de algo assim.

Uma risada ecoou pelo quarto, ele bateu a cabeça na parede, sem acreditar naquilo. Dumbledore havia mandado os vampiros, Dumbledore matou todas aquelas crianças bruxas, Dumbledore... Harry o mataria, ele faria isso.

- Talvez eu devesse ir até o Lorde. – Sussurrou olhando para o professor. – Não há ninguém nesse mundo que ele tenha mais medo que o Lorde das Trevas.

Harry ficou ali, a cabeça encostada nos braços sobre os joelhos, sua respiração estava cada vez mais fraca, Harry não tinha certeza se ainda respirava.

- Harry? – Ele ergueu a cabeça, vendo Severus se sentar, ele parecia fraco e cansado. Harry continuou o olhando, até Severus olhar para ele. – Você está bem?

- Deveria se preocupar com você, Prof. Snape. – Falou com raiva.

- Você estava sem controle, não fez de proposito. – Falou tentando se levantar, mas caiu sentado novamente. Sua cabeça doía, ele levou a mão e passou, sentindo o cabelo pegajoso, sua cabeça tinha sangue, ele olhou para o travesseiro, que estava vermelho.

- E se eu tiver feito de proposito? E se eu estava sobre o controle e ainda sim quis sugar você até que morresse? – Severus baixou a cabeça.

- Você não fez... então está tudo bem. – Falou e Harry socou a parede com força, sentindo-o afundar sobre sua mão, sabia que o maldito veneno estava fazendo aquilo com a cabeça de Severus.

Harry viu o professor se levantar e caminhar até ele, Harry deixou Severus se ajoelhar em sua frente e o beijar, deixou que ele abrisse suas pernas e se sentasse ali, puxando Harry para mais perto, quando Snape tentou descer as mãos até sua calça ele segurou os braços dele olhando pros olhos negros totalmente nublados.

Aquilo era doloroso de mais, pensou apertando os pulsos de Severus, ele não tinha sentimentos por Harry, era apenas o maldito veneno mexendo com a cabeça dele. Ele empurrou Severus, fazendo ele se deitar no chão, vendo a expressão de dor dele.

Ele ignorou os gemidos baixos do professor, vendo-o implorar por Harry, pedindo que o fodesse, Harry segurou seu corpo no chão e então puxou a manga do braço do professor, olhando para a marca negra.

- Preciso que faça uma coisa por mim, Professor Snape. – Falou baixo, ele pareceu ficar animado. – Me leve até Voldemort.

- O que? – Ele viu uma parte do brilho sumir de Severus, mas ele mordeu o lábio e concordou com a cabeça. – Como você quiser. 

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