Veneno

Oitavo Capitulo

  Oitavo Capitulo

Voldemort se sentou, seus olhos desceram pelo garoto parado mais à frente. Harry observava o lugar com curiosidade. Era a primeira vez que vinha a um lugar tão... rico. Seus olhos passaram pelo Lorde que estava sentado, esperando ele dar seu tour pela grande sala de reunião dos comensais.

O Lugar era desconfortavelmente luxuoso, ele fez uma careta, pensando que facilmente se acostumaria com uma vida daquela, se tivesse a chance. Talvez ele faça, pensou enquanto se lembrava dos cofres Potter.

Harry continuou olhando, enquanto se aproximava, ele parou quando estava uns 5 metros do Lorde, seus olhos desceram por Voldemort, Harry encurtou o espaço, deixando sua curiosidade sobre o cheiro o levar.

Ele pensou muito nisso depois que se transformou, qual seria o cheiro do Lorde das Trevas, seria algo como, morte? Talvez uma podridão ou... terror absoluto? Harry fez a careta, se impedindo de rir.

A culpa não era dele, aquela aparência de cobra a pele pálida, com certeza fazia seus pensamentos correrem para aquele lado.

Ele travou, sentindo o gosto forte no fundo da boca, gosto de magia das trevas, Voldemort não tinha um cheiro comum, ele cheirava a poder, ao invés de sangue parecia que magia corria por suas veias. Era muito poder para a única pessoa, Harry sentiu as mãos tremerem, ele deu um passo para trás.

Não era nada do que ele esperava, esperava se sentir enjoado, irritado e com nojo, não... excitado, com certeza não daquele jeito que estava agora.

Harry se perguntou como ele poderia derrotar Voldemort daquele jeito, havia qualquer chance de ele ganhar do Lorde das Trevas? Provavelmente Harry teria morrido tentando. Ele sentiu os lábios secarem, sua língua passou por eles de forma inconsciente, enquanto ainda olhava para os olhos vermelhos.

A ideia de duelar com o lorde deixou seu corpo quente, ele apertou o punho a mandíbula travando, era excitante a ideia de derrubar ele em um duelo e então foder ele em seguida.

Ele provavelmente teria vivido melhor sem saber que Voldemort tinha um cheiro tão... poderoso? Ele levou a mão a varinha, e Voldemort não moveu nenhum musculo, vendo o garoto a sua frente parecer estar tendo um surto.

- Potter?

- Eu preciso... preciso de sangue. – Falou sem acreditar naquilo, ele pegou a bolsa de sangue que carregava, ele enfiou os dentes antes mesmo de conseguir abrir.

Aquilo era ridículo, ele estava sendo ridículo.

O Lorde olhava aquilo fascinado, vendo-o sugar o sangue com vontade, ele seguiu um rastro de sangue que vasou pelos lados da boca, descendo pelo pescoço e morrendo na camisa que usava, ele pode ver a marca da mordida que havia transformado Harry.

Os vampiros que atacaram Hogwarts não eram vampiros mágicos, e eles contaminavam quando mordiam, mas Harry foi o único que havia sido mordido e sobreviveu. Ele devia respeito a isso, eram muito raros vampiros mágicos, e era muito difícil um bruxo sobreviver a uma mordida.

Isso só mostrava o quanto de poder tinha naquele corpo.

- Me desculpa, eu já tinha me alimentado, mas... – Ele parou, pensando se deveria dizer. – O seu cheiro é muito bom.

Voldemort sorriu presunçoso.

Se ele ia fazer aquilo, se ia trocar de lado e matar as pessoas que conhecia, foder o Lorde das Trevas parecia uma boa recompensa. Voldemort não era um colírio, mas aquela língua...

Oh, Merlin.

- Não se preocupe, fique à vontade, se quiser chamo um dos meus para que possa se alimentar. – Falou e Harry fez uma careta.

- Não precisa, e não tomo qualquer coisa. – Voldemort sorriu.

- Severus deve ser muito bom então.

Harry o olhou e então pensou sobre aquilo, claro que o Lorde saberia sobre Severus estar dormindo com ele, Harry fez uma careta com a ideia de que o Lorde talvez tivesse visto as memorias de Snape quando estiveram juntos.

Contra o que Harry acreditou, ele sentiu uma onda de excitação, ele desviou o olhar de Voldemort, não queria que ele visse os pensamentos nada casto que tomaram sua mente de repente.

Harry quis bater a cabeça, havia se transformado em uma besta movida por sexo e sangue, fazia muito sentido levando em consideração como vinha se sentindo ultimamente.

Harry balançou a cabeça, tentando mudar a linha de pensamentos, antes que ficasse duro, teria que começar a andar com roupas mais confortáveis que calças apertadas e blusas que não cobriam aquela parte.

- Eu pedi para te encontrar, por que descobri uma coisa, recentemente. – Falou se aproximando mais. – Sobre a noite em que fui mordido.

- O que você descobriu? – Perguntou sério.

- Eu estive na sala de Dumbledore, ele havia esquecido a penseneira lá e como um bom curioso que sou. – Harry deu um sorriso. – Eu enfiei a cabeça nas lembranças, pensei que talvez fosse algo relacionado a você, como da última vez que estive lá.

- Sobre mim? – O Lorde perguntou com curiosidade.

- Oh, sim... foi assim que eu comecei a destruir suas Horcrux, mas você já sabe disso. – Falou e o Lorde o olhou com desprezo.

- O que ele e mostrou sobre mim?

- Sua época em Hogwarts. – Falou baixo. – Você era muito bonito.

- Eu ainda sou... – Harry deu um sorriso olhando para os olhos vermelhos, a feição de cobra, ele tentou controlar os pensamentos, que insistiam em se Voldemort teria outras características de cobra, além daquela língua.

Porra, eu vou enlouquecer, pensou desconfortável, nas calças.

- Continuando – Falou tentando manter a postura. – Eu vi Dumbledore encontrando os vampiros... contratando os serviços deles.

- Você está me dizendo que Alvo Dumbledore mandou... os vampiros que corromperam seu salvador? – Havia um sorriso malicioso nos lábios finos.

- Sim, estou dizendo que ele é o culpado pelas 43 crianças mortas naquele dia – Voldemort pode sentir a raiva que vinha dele. – E eu quero que ele pague por isso, mesmo que eu tenha que trocar de lado.

- Você poderia muito bem mata-lo sozinho. – Falou o analisando

- "Isso não teria graça, Milorde" – Sibilou enquanto se aproximava do "trono". Voldemort deu um sorriso apreciando a forma como ele o chamou. – "Eu quero tirar tudo dele, e então esfregar na cara dele que o monstro que ele criou, está do lado do monstro que ele mais temeu na vida".

- "Estou te ouvindo Potter, me diga, o que você tem em mente?"

...