XII. " Bispo, torre e cavalo"

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A pureza do caos superava a criação da luz da alma, dois polos caóticos se encontraram no crepúsculo e nele encontraram seu doce aroma. Vingança

— autora Thalita 🫰🏻

— autora Thalita 🫰🏻

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A criação

Os deuses valirianos tinham suas estátuas brilhantes perante as velas, todos colocados em seu respectivos assentos, dispostos a verem sua criação diante de seus olhos puros. Odiavam a ideia de que toda a magia valiriana esteve por um fio de ser jogado para fora do ciclo da vida.

  Os olhos violetas encaravam com ardor e afinco as velas, em uma profunda amargura dispersa em seus pensamentos profundos. Aqueles olhos castanhos afiados não saíam de sua cabeça desde o momento que se pôs de pé, nem mesmo o veludo da roupa nova fez com que sua mente o levasse a outro lugar.

  Só havia um lugar onde o silêncio o levaria a paz inteiro, o templo. De joelhos dobrados e cabeça baixa, Maegor erguia o pequeno palito de incenso acendendo mais uma vela, desta vez seus pensamentos cercando os rígidos futuros que o esperava. Sentia o coração angustiado, e principalmente, amedrontado.

  — vocês disseram que eu era o escolhido de luz, e não relutei em ser. Me deram poderes que podem me matar, e ainda sim não recusei, eu não pedi por isso em nenhum momento e mesmo assim agora me revelam sobre um futuro em que perco quem amo... — o murmúrio suave soou de seus lábios percorrendo o templo vazio, como uma brisa serena.

As tochas brandindo em fogo vivo iluminaram as enormes estátuas de dragões, os dentes perfeitamente desenhados refletiam na sombra contra a parede. Era como uma brisa suave percorrendo o ambiente, levando sua mente a uma síncope silenciosa.

  — eu não..pedi por isso, e ainda sim me deram esse dom. E agora não querem mais me dar uma visão, por que aquela mulher do sul vive em minha mente mas o futuro da minha família não ?! — Com um ranger de dentes o garoto levantou a cabeça, seus olhos violetas cheios de lágrimas que lutavam para cair. — eu implorei pela vida dele, MAS VOCÊS ME TIRARAM TUDO, E EU SERVI.

Não teria resposta.

Chegou a tal conclusão que quando a brisa suave do amanhecer tocou as velas apagando algumas, era a falta de resposta que teria pelo resto da vida. Não se sentia Maegor o sonhador, mas sim Maegor o perdedor. Fadado a cair diante dos olhos do que ama e a ter uma magia que não pode controlar.

  — eu fui bom mãe Syrax, eu fui gentil e  perfeito. Me entreguei de corpo e alma para minha promessa e decidi cumprir a profecia independente se posso morrer ou não. Não sou um dra... dragão feito de fogo e sangue, sou um Verys de terra e grama. Aonde vocês querem que eu vá ?! — abrindo os braços em um suspiro cansado, o mesmo abaixou a cabeça novamente.

Um soluço escapou de seus lábios, erguendo as mãos para segurar o peito que queimava junto das lágrimas grossas que escorriam por seus olhos violetas. O fardo era pesado demais, e não podia amar aquela vida mesmo querendo. Através do espaço tempo, sentindo a dor emocional ultrapassando a física. A mente de Maegor o jogou para outro lugar, seus olhos ficaram roxos e as mãos brilharam em um lilás vivo.

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