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Park Jimin;

Acordei naquela cama absurdamente macia, cercado por lençóis de um tecido tão suave que me senti como um pequeno príncipe, tecnicamente eu era, irremediavelmente perdido em um oceano de almofadas. A cama era tão grande que, honestamente, eu poderia ter feito uma maratona de um lado a outro e ainda teria espaço para mais uma volta. Senti uma pontada de confusão antes de lembrar onde estava — o castelo, o interrogatório, o pergaminho, a promessa de que seríamos hospedados.

O sol entrava pela janela como um intruso teimoso, brilhando diretamente no meu rosto. Fazia tanto tempo que não dormia tão bem. Minha cabeça parecia leve, e pela primeira vez em séculos eu não me sentia como se tivesse sido atropelado por uma carroça. Sem sonhos, sem pesadelos. Apenas uma noite de sono tranquila, como se a cama me tivesse engolido e me mantido seguro em seu abraço macio.

Me espreguicei, sentindo cada músculo relaxado e, ao contrário do habitual, sem nenhuma dor. Claro, o banho da noite anterior ajudou — aquele banho demorado onde fiquei até meus dedos ficarem enrugados como passas. Eu estava determinado a aproveitar cada segundo daquele luxo inesperado. Era como se a banheira fosse mágica, feita para tirar toda a tensão e o cansaço do meu corpo.

Levantei devagar, ainda meio grogue de sono, e fui até a janela. A vista era espetacular. O sol lançava seus raios dourados sobre as camadas de gelo que cobriam a paisagem, fazendo a neve brilhar como cristais. A sensação de calor do sol no meu rosto foi reconfortante, quase terapêutica. Por um momento, fechei os olhos e respirei fundo, sentindo o ar frio preencher meus pulmões. O pensamento atravessou minha mente como um cometa: se eu fosse um príncipe, talvez esse fosse o tipo de manhã que eu poderia ter todos os dias.

Sacudi a cabeça, rindo de mim mesmo. Como se isso fosse acontecer.

Decidi que um segundo banho não faria mal a ninguém. Voltei para aquela banheira estranhamente luxuosa — grande o suficiente para abrigar uma família inteira, se necessário — e mergulhei na água quente novamente, sentindo os músculos relaxarem pela segunda vez em menos de doze horas. Quando finalmente saí, enrolei uma toalha enorme na cintura e fui procurar as roupas que Yoongi mencionou.

Foi quando eu ouvi.

— Alteza? — a voz era feminina, suave e gentil, como o som de folhas ao vento. Dei um pulo, meu coração quase saindo pela boca. — O senhor já acordou?

Por reflexo, segurei a toalha mais firme em volta da cintura e corri até a porta, jogando meu peso contra ela. Era uma reação instintiva, como se eu fosse uma criança tentando esconder algo proibido.

— Quem é? — perguntei, tentando soar mais confiante do que realmente estava.

— Meu nome é Nayeon, alteza. Vou lhe ajudar a se arrumar. — ela falou com uma doçura que me fez pensar em açúcar sendo despejado em uma xícara de chá.

— O quê? — respondi, tentando entender o que estava acontecendo. — Eu agradeço, Nayeon, mas... não é necessário. De verdade.

— Tem certeza? Eu não me incomodo em ajud... — comecei a abrir a porta apenas o suficiente para ver quem estava do outro lado. A garota era jovem, com olhos grandes e uma expressão simpática. Quando percebeu meu tronco nu, seus olhos se arregalaram como se eu tivesse acabado de fazer algo escandaloso.

Percebi que ela parecia desconfortável, o que me fez pensar: será que estar sem camisa era inapropriado? Eu não entendia nada dessas regras de etiqueta medieval. Como eu deveria saber que andar sem camisa em seu próprio quarto era considerado uma ofensa?

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⏰ Última atualização: Sep 18 ⏰

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