capítulo 15

542 77 8
                                    

Faye POV

Estaciono em frente a casa de Charlotte e não demora muito para ela sair, logo estava dentro do carro.

- Oi Engfa, oi Faye! - fala simpática

- Oi! - falo sorrindo

- Oi Char! - fala Engfa - Não vai voltar a dirigir? - pergunta para mim

- Eu imaginei que você iria querer ir para o banco de trás ficar com a sua namorada. - falo e ela sai, sentando lá atrás

- Aonde a gente vai? - pergunta Char

- Parque de diversões. - falo voltando a dirigir

- Legal, eu nunca fui em um! - fala Char, fazendo com que Engfa e eu a encarássemos

- Nunca? - pergunto

- Nunca. - fala rindo

- Parece que esse passeio não vai ser tão inútil no final das contas. - Engfa fala

- A sua mãe não te pediu para ser legal? - Char pergunta

- É mais fácil, meteoro cair na terra do que ela ser legal comigo.

- Ainda bem que você sabe. - fala Engfa

Quem fez o pedido? - pergunto curiosa

- Ela. - fala Char Boa sorte Char, se ela bateu em alguém que estava dando em cima de você antes de vocês terem algo, imagina depois. - brinco e ela ri

- Vou precisar de sorte. - Char brinca e leva um tapa - A tia yoo falou que a Engfa é parecida com você, então você também se metia em brigas?

- Muitas. - falo rindo - Durante o ensino médio, eu não me importava com nada e andava com um pessoal meio errado. Quando eu comecei a namorar Yoko, ela me afastou dessas coisas, mas mesmo assim eu ainda era encrenqueira.

- Ela te ajudou e mesmo assim, você foi uma filha da puta com ela. - fala Engfa e vejo Char beliscá-la

- É verdade. - falo - Quando eu era mais nova, eu tinha a vida perfeita, mesmo que eu não tirasse boas notas, o dinheiro dos meus pais resolvia isso para mim, eu tinha garotas e garotos aos meus pés e ia a todas as festas. Sempre foi assim. Eu nunca havia tido um relacionamento sério, depois de três anos sem ficar com ninguém além dela, eu me senti meio presa, mas eu amava ela acima de tudo e não queria me separar, eu era imatura e ao invés de conversar com ela para tomármos alguma decisão, eu acabei ficando com outra garota e ela viu, a minha mãe ficou sabendo porque chegou lá em casa e Yoko estava saindo. Ela não me deixou ir atrás dela, me deu um belo de um tapa e horas depois quando eu fui, ela já havia ido embora. Eu nunca me arrependi tanto em toda a minha vida. - falo

- Nossa, ouvindo o seu lado da história, você

parece ainda mais babaca. - fala

- Eu sei.- A sua mãe te bateu? - pergunta Char

- Ela gostava da Yoko, sabia que ela era a única

que não estava comigo por dinheiro e sim por

amor. Além disso, a Yoko me colocou nos eixos.

- rio - A mão dela ficou marcada no meu rosto

- A minha vó parece ótima. - Engfa fala

- Ela era. - falo

- Ela faleceu? - Char pergunta e eu afirmo

- Sim. - falo

- Sinto muito. - fala e eu sorrio fraco - O que você fez depois que a tia yoo foi embora?

- Depois que ela voltou para a Coréia, a minha mãe me mandou deixá-la em paz e amadurecer, porque a yoko não merecia uma adolescente imatura. Nos dois anos seguintes, eu estudei bastante, deixei a vida de festas de lado e comecei a ajudar os meus pais a cuidarem da empresa. Só que o meu pai estava ficando velho, então eu tinha que fazer a maior parte do trabalho e não podia viajar, nem tirar férias, então eu nunca tive a oportunidade de vir aqui. Os quatro anos seguintes foram do mesmo jeito, eu ajudava o meu pai o dia todo e a noite eu ficava pensando na Yoko e em como eu havia sido idiota em perdê-la. Nesse ano, os meus pais morreram em um acidente e juntou uma coisa com a outra, eu já estava meio mal, só trabalhava, aí os meus pais morreram e eu tive todo o peso da empresa derrubado sobre mim, mergulhei em uma depressão severa e estou melhorando a alguns meses. - falo

- Sinto muito. - Char fala

- Eu consegui amadurecer no final das contas, eu só não queria ter perdido os meus pais. - falo e uma lágrima solitária escorre pelo meu rosto, mas logo a limpo

- Deve ter sido estranho descobrir da noite para o dia, que você tem uma filha adolescente. - Char fala mudando de assunto e eu rio

- Sim, foi bem estranho. Eu estava pensando ontem, uma das primeiras coisas que eu falei quando reencontrei a yoko, foi que eu não tinha nenhum filho e ela me olhou sem reação, na hora eu nem me toquei do porquê. - falo rindo e ela ri também

Engfa continuava calada e séria, não parecia concentrada na conversa e sim presa em meio aos seus pensamentos.

- Já chegamos. - falo - Só falta eu arranjar um lugar para estacionar.

*Se gostou do capítulo, deixa o voto, ajuda muito *

um Amor Inesquecível (faye e yoko) GIPOnde histórias criam vida. Descubra agora