01

72 6 0
                                    

2004 - Phoenix, Arizona.

🧛🏻‍♂️🐺

O AMOR  VERDADEIRO se caracteriza por um forte sentimento de afeto entre duas pessoas, não importando as circunstâncias, já que esse é tão intenso, que se torna uma extensão do conceito de almas gêmeas, em que cada pessoa possui uma outra metade, com quem há uma conexão profunda e instantânea.

Porém, Scarlett Swan, nunca sequer acreditou nisso e talvez seja por isso que passava pelos canais da TV, um tanto impaciente, mostrando como as novelas e filmes de romance, apenas comprovavam seu desinteresse pelo tópico em si.

Então, pelo mesmo motivo, não ousou hesitar, quando ouviu o telefone da casa tocando, logo se apresando para atender.

- Já estava na hora... - Falou, já que era seu irmão do outro lado da linha.

Quase todas às noite, eles costumavam se falar pelo aparelho, como forma de ignorar a solidão em que ambos se encontravam, mas também, porque Sky tinha alguns problemas com o sono desde mais nova e conversar com o mais velho sempre a distraía.

- Está tudo certo para amanhã? - Charlie quis saber, se referindo a volta da Swan para Forks. - Ou já mudou de ideia?

- Bom, já está tudo certo com minha residência no hospital daí, então não tenho muita escolha... - Encostou na parede, encaixando o telefone entre o ombro e a orelha.

- Sei que combinamos de você voltar depois de terminar a faculdade, mas se realmente tiver mudado de ideia, posso... - Ele começou a dizer.

- Charlie, por qual razão eu mudaria de ideia? - Ela interrompeu.

Bom, na verdade por várias, não só o clima ou tamanho da cidade, mas o homem era sua família e não merecia ficar sozinho, depois de tudo que já fez por ela, sem contar da saudade que sentia.

- Se você diz... - A de cabelo escuro imaginou ele dando de ombros, aceitando sua afirmação. - Vou te buscar amanhã na hora do almoço, depois que chegar, tudo bem?

- Até amanhã, Charlie. - Se despediu, devolvendo o telefone ao gancho.

🧛‍♂️ (...) 🐺

- Um latte de caramelo gelado, por favor. - Scarlett pediu para a atendente de uma cafeteria no aeroporto.

E enquanto esperava sua bebida, acabou suspirando, antes de tirar seus óculos escuros, esse que escondia um compilado de noites mal dormidas devido à um mesmo pesadelo repetitivo.

O que de certa forma, era normal, já que desde sua infância, tinha sonhos, pesadelos e até visões que por incrível que pareça, chegavam a acontecer, junto de outros comportamentos estranhos que sempre tentava esconder nesses seus 20 e poucos anos de idade.

- Seu pedido, moça. - A mulher entregou, antes de Sky continuar seu caminho, tomando o líquido e carregando sua bagagem.

Após isso, passou o resto da viagem se distraindo com livros e pesquisas sobre algumas histórias de Forks. Ela conhecia o lugar desde o dia em que foi deixada numa cestinha, quando bebê, em frente à casa de Geoffrey e Helen Swan. Mas dessa vez, havia algo que estava a instigando a pesquisar sobre a tribo da região e tudo mais.

São quatro horas de vôo de Phoenix para Seattle, mais uma hora num pequeno avião até Port Angeles, e então uma hora de carro até Forks, o que contribuiu para o cansaço e piora das olheiras dela.

E assim que pisou na cidade, sentiu o tão familiar cheiro de terra e chuva. Logo colocando sua jaqueta de moletom azul escura, por cima da regata branca, como forma de evitar a brisa fria e neblina.

YELLOW - Carlisle Cullen Onde histórias criam vida. Descubra agora