Capítulo 5 - capitão

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Caralho que dor de cabeça é essa.

Olho ao redor e vejo que estou em um hospital?

Como eu vim para aqui?

Minha barriga doi…

– Parceiro! - Ouço uma voz animada. Era Mild.

– Kanawut.- Um tom de braveza sai da boca de Kost.

Olho com dificuldade para os dois e percebo uma reação de preocupação e outra de irritação.

– Kanawut, por que infernos você não me avisou que iria sair?! VOCÊ AO MENOS ME PROCUROU PARA ME AVISAR? EU SOU O SEU PARCEIRO! - Kost aumenta o seu tom de voz.

– Se eu quisesse que você vinhesse comigo você não acha que eu teria te chamado? E você sempre faz os seus trabalhos sozinho, por que eu tenho que compartilhar os meus com você?- Rebato tentando não ficar irritado.

– POR QUE SERÁ? NÃO É POR QUE VOCÊ SEMPRE SAI A FRENTE DE TUDO SEM PENSAR? VOCÊ É UM DETETIVE PORRA, NÃO UM SUICIDA! 

– Pare Kost! Aqui é um hospital e não sua casa para ficar fazendo bagunça. Se sua casa não é um lugar de respeito, sinto muito, mas aqui é! E você precisa se comportar. Kanawut pode ser um suicida mas você é uma criança. Portanto saia dessa sala! - Mild lhe dá um sermão e rapidamente Kost sai de sala batendo a porta.

– Obrigada Mild, esse cara consegue fazer qualquer um se estressar. 

– E você consegue fazer qualquer um se preocupar! Eu disse para você não ir e você é um teimoso.- Reviro os olhos com a sua resposta e logo ele continua. – Kost está trabalhando duro para descobrir o que aconteceu com você…

– Kost? Está na cara que esse cara me odeia, por que ele estaria me ajudando?- Digo com uma cara de surpresa.

– Eu também não faço idéia. Sabemos que o assassino enviou um médico para o mesmo lugar que você. Segundo o médico depois que o tiro te acertou, soou um alarme e logo em seguida ele te colocou no carro e lhe trouxe para cá.

Estacionamento, médico, fio branco.

Aonde isso tudo pode parar? O que exatamente o assassino quer?

– Mild…- Não acredito que vou fazer isso.

– Sim?

– Pode me levar até o apartamento de Prija? Eu acho que deixei passar alguma coisa.

– Nessas condições? Óbvio que não!

Óbvio que ele não ia aceitar, mas se aquele cara sabe de alguma coisa…

É arriscado mas eu devo conseguir alguma informação, não lembro que isso é crime.

– Com licença.- Essa voz…– Senhor Kanawut, está acordado?

– Sim doutor, ele acabou de acordar. Irei deixá-los a sós.- Diz Mild e logo após se retirando da sala.

– Senhor Chris, não é?- Diz em um tom debochado.

Era só o que me faltava.

– Eu estava em uma missão, óbvio que eu não podia entregar meu nome.- Lerdo.

– Está tudo bem, eu entendo.- Ele dá um sorriso divertido. – Tirando esse assunto, sobre aquele dia…

– Espera, dia? Isso não ocorreu ontem?- Digo o atrapalhando.

– Não…?você ficou em coma por causa do tiro.

– Quantos dias?- Pergunto assustado.

– Apenas dois.- Ele me alivia. – Você levou um tiro e quando isso ocorreu um alarme horrível soou e eu só consegui te levar para dentro do carro e sair dali.

– Calma…e minha moto? CARALHO MINHA MOTO! 

Essa moto foi cara para deixar para um mané.

– A polícia voltou ao local e ela estava toda quebrada.

O QUE???? MINHA MOTO TODA QUEBRADA?? PODERIA SER QUALQUER UM, ATE EU! MAS A MINHA MOTO??????

– Minha moto…- Falo com um tom de tristeza.

– Considere-se sortudo por não está no lugar da sua moto. Várias pessoas "morreriam" para estar no seu lugar.- O médico me dá um sermão.

E eu querendo estar no lugar dos mortos, a vida é injusta mesmo. 

Tanto faz!

Tento me levantar mas sou impedido com suas mãos que alcançam meus ombros me fazendo deitar de novo.

– Você ficará em repouso, nada de crimes até você está melhor.

– O que? Mas eu já estou bem! Veja só.- Mostro meu braço musculoso e logo ele dá uma risada baixa. – O que é? Não está acreditando?

– Não é isso senhor-

– Detetive Kanawut!- Atrapalho sua fala para corrigi-lo.

– Certo Detetive Kanawut, descanse. Qualquer coisa aperte o botão e eu irei vê-lo. - Ele sai apressadamente da sala me deixando sozinho.

Como se eu quisesse ver esse mongol medroso.

Em falar em medroso, por que diabos ele não foi acertado com um tiro? Será que ele possa ser um dos assassinos? As aparências enganam.

Será que ele está me vigiando? E se ele não for um médico de verdade?

– Detetive? - Uma voz grossa sooa atrás de mim e me viro rapidamente.

– Capitão.- Uma voz fraca sai de mim. – Sinto muito em te decepcionar.

– Não fale assim filho. Fiquei preocupado.

O capitão é como um pai para mim, sempre me acolheu nos meus piores momentos.

Não gosto de deixá-lo irritado e ainda mais preocupado comigo.

– Você está bem? - Ele se aproxima.

– Sim, estou bem melhor. Posso até voltar para o departamento.

– Em breve. - Ele dá um sorriso de alívio.

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⏰ Última atualização: Sep 20 ⏰

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