Na manhã seguinte, Draco acordou com a sensação desconfortável e arrepiante de que havia feito algo muito tolo. A noite anterior foi um pouco confusa, uma série de memórias indistintas das quais ele se lembrava apenas vagamente. Ele se lembrou de Potter tentando matá-lo nas costas de uma engenhoca trouxa, ao que Draco respondeu com a combinação apropriada de humor e desdém, embora não conseguisse lembrar exatamente o que foi dito. Potter, estranhamente, parecia achar isso muito divertido, mas ele também era um idiota e Draco não perdeu tempo tentando decifrar o humor inconstante de Potter.
Na manhã de segunda-feira, Draco quase havia se esquecido completamente do encontro, até sentir Potter olhando para ele do outro lado do átrio do Ministério. Potter estava em meio a um grupo de Aurores, todos abotoados em suas vestes escarlates, com seus coldres de couro para a varinha e distintivos dourados, parecendo presunçosos e importantes.
Draco correu em direção aos elevadores, pois não tinha absolutamente nenhum desejo de agraciar Potter com um sorriso de escárnio naquela manhã. Mas ele podia sentir os olhos de Potter sobre ele, e isso estava fazendo suas bochechas arderem e sua pele coçar, então ele lançou a Potter um olhar sem pressa – apenas um olhar do tipo: "Oh, você de novo, não que eu possa me incomodar".
Ao que Potter piscou.
Ele piscou para ele! E sua boca fez aquele meio sorriso horrível que mostrou seu dente torto e Draco o odiou. Mas Draco era um homem extremamente ocupado com coisas para fazer e pessoas para ver, então ele apenas revirou os olhos para Potter, com muita frieza, muita indiferença, e correu em direção ao elevador. Ele começou a correr um pouco no final, mas isso só porque estava realmente com pressa. E muito ocupado. De jeito nenhum, porque ele estava tentando fugir de Potter.
Draco não pensou em Potter enquanto examinava a pilha de papéis que se acumulou durante o fim de semana. Ele estava tão ocupado sem pensar em Potter que, quando Potter apareceu em sua porta, soltou um grito muito digno e totalmente justificável.
Potter riu e Draco considerou jogar um peso de papel nele.
— Desculpe, estou interrompendo? — Potter perguntou, um cotovelo apoiado no batente da porta, um copo de papel para viagem em uma das mãos.
— Você certamente está — Draco respondeu.
Potter provavelmente tinha problemas de audição porque ignorou Draco e entrou direto em seu escritório e começou a inspecionar as coisas. Ele passou o dedo pelos livros na estante, sorriu para uma fotografia de Draco e Pansy bebendo vinho em Toulouse, espiou dentro do caldeirão em sua mesa de trabalho que continha um gole inacabado de Poção Mopsus.
— Há algo em que eu possa ajudá-lo, Potter? Ou você veio aqui apenas para limpar os dedos sujos nas minhas coisas e me impedir de trabalhar? — Draco perguntou, seu tom cortante.
— Hum? — Potter olhou para cima e Draco gesticulou para que ele se apressasse com qualquer tortura que pretendia infligir.
— Oh, só vim trazer isso para você.
Potter colocou o copo de papel bem na frente de Draco. Draco olhou para ele como se fosse explodir e mordê-lo, porque este era Potter, que o odiava, e ele absolutamente não era confiável.
— O que é isso? — Draco perguntou, recuando do copo.
Potter encolheu os ombros e enfiou a mão em um dos bolsos.
— É café. Um capuccino. Daquele café chique na Victoria Street.
Draco gostava bastante daquele lugar. Eles tinham doces excelentes e o croissant de amêndoa era uma de suas coisas favoritas no mundo.
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Stupid Love | Drarry
FanfictionHarry Potter, como Draco Malfoy odeia você? Deixe-me contar as maneiras. Link: https://archiveofourown.org/works/27676112 Artwork por @bluebutter-art [Esta é uma tradução autorizada. "Stupid Love" do autor(a) The_Sinking_Ship. Também postada no meu...