F.R.I.E.N.D.S | Min•sung

Eu gosto disso

O clima estava caótico naquele dia, os sons das buzinas vinda das ruas, assim como dos motores pertencentes aos veículos que circulavam pela cidade, pareciam ainda mais altos do que nos outros dias, assim como as conversações dentro daquele andar, acompanhado de risadas histéricas e irritantes, ocasionava uma dor de cabeça pulsante em Jisung, que nem massageando as têmporas, era possível aliviar essa dor latejante e impossível de suportar, bufando de raiva, fazendo suas bochechas ficarem levemente infladas, o rapaz se levantou empurrando a cadeira para trás, pouco se importando se ela fosse bater na parede ou saísse se arrastando para longe.

Precisava urgentemente de um café.

Com este pensamento em mente, Jisung apressou seus passos evitando qualquer um que entrasse na sua frente para conversar, naquele momento ele não estava afim de dirigir nenhuma palavra, e se caso fizesse, ia soar tão grosseiro que poderia ferir alguém, definitivamente Jisung não estava com vontade de levar uma advertência por ser rude e cruel.

Entrando no ambiente que se encontrava, milagrosamente, vazio, o rapaz procurou por cafés enlatados na geladeira, por sorte ainda havia alguns que faziam parte do novo lançamento da empresa, sempre que algum produto era lançado Minho disponibiliza a primeira venda aos funcionários e quando estava de bom humor, fazia isso de graça, deixando disponível naquele lugar para consumo.

De início, Jisung achou que aquele tipo de café seria horrível e o sabor não seria tão bom - mesmo já tendo provado algumas vezes durante as reuniões feitas no escritório, o sabor não era igual ao produto final -, mas após a comercialização do produto, se tornou a bebida favorita de Han e ele agradecia aos céus por seus colegas de trabalho não ter gostado, assim sobrava mais para ele.

O produto desta vez tinha sabor de café com leite, vinha numa lata comum, lembrando as latas de refrigerante presentes no ramo alimentício, apesar de ter outros produtos parecidos com este, aquela bebida tinha um diferencial: era gaseificada.

Por este motivo Jisung tinha certa repulsa no início da fabricação e todas as vezes em que provava nas reuniões, o sabor inicialmente era horrível, só no final que foram acertar a quantidade certa dos ingredientes saborizados, proporcionando assim uma melhor experiência ao degustar pela primeira vez a bebida.

Pensar sobre isso fez o primeiro sorriso do dia surgir em seus lábios enquanto degustava do seu café com leite gaseificado, Lee Minho tinha ideias peculiares e talvez fosse por isso que a empresa ainda não havia falido, ele também conseguia contratos milionários com atores e cantores da cultura pop coreana para seus comerciais, assim fazendo com que seus consumidores aumentasse consideravelmente.

Era apenas Minho sendo Minho.

Aquele sorriso que se formará em seus lábios de repente sumiu e a dor pulsante retornou após pensar naquele homem sem escrúpulos nenhum, Minho de fato tinha muito influência sobre todas as ações de Jisung, desestabilizando suas emoções e sentidos, por muitas vezes fazendo agir irracionalmente, como aconteceu mês passado ao entrar na sua mansão e encontrá-lo aos beijos com aquele cara - que até hoje não descobriu quem era -, Minho havia mentido para ele, enganado com a maior cara de pau fazendo acreditar que aquele rapaz havia invadido sua casa.

Como se permitiu cair naquele papo furado e principalmente, permitido Minho tocar seu corpo a noite toda, depois de todo aquele show, minuciosamente manipulado para não perder uma boa noite de foda?

Seu sangue ferveu em suas veias, sem perceber Jisung apertou a lata amassando-a com uma força que surgiu repentinamente derramando a bebida no chão, ao sentir o líquido cair em seu tênis branco o Han praguejou alto jogando a lata no lixo mais próximo e procurando o rolo de guardanapo de papel para tentar limpar seu tênis antes de manchar, sendo já tarde demais, dado que o café caiu primeiro no cadarço deixando uma mancha marrom clara.