Ato 2 Cap 3: Amor ou Curisiosidade ? parte 2

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Samuel entrou na sala de aula, enquanto seus colegas estavam em uma conversa animada sobre artes marciais

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Samuel entrou na sala de aula, enquanto seus colegas estavam em uma conversa animada sobre artes marciais. Eles discutiam qual estilo era o mais forte, o mais ágil, e qual tinha a melhor versatilidade. Embora estivesse interessado na conversa, Samuel sabia que precisava manter o foco. Havia algo em sua mente, algo que o deixava pensativo.

Mika, notando o silêncio de Samuel, se inclinou na direção dele e perguntou:

— Samuel, você está bem? Tem estado tão quieto esses dias...

Ele saiu de seus pensamentos e sorriu, tentando tranquilizá-la:

— Estou bem, Mika. Só estou tentando me concentrar mais, sabe? Tem muita coisa na minha cabeça ultimamente.

Mika assentiu, aparentemente satisfeita com a resposta, mas ainda o observou com um olhar de preocupação. Antes que pudesse dizer mais alguma coisa, a professora entrou na sala, pedindo a atenção de todos.

— Pessoal, tenho uma notícia interessante para vocês. Daqui a dois meses, em abril, faremos uma viagem para visitar uma escola brasileira. Será uma oportunidade única de aprender mais sobre a cultura e o sistema educacional de outro país.

Samuel se endireitou na cadeira, intrigado com a notícia. Uma viagem ao Brasil? A ideia de voltar e talvez ver seus antigos colegas de escola começou a passar por sua mente. Um misto de nostalgia e motivação tomou conta dele.

— Brasil? — ele murmurou para si mesmo, quase em um sussurro.

Lembrando-se da competição em que estava inscrito, Samuel percebeu que o tempo estava correndo. "Preciso ganhar essa competição," pensou ele. "Se eu vencer, vou conseguir a matrícula gratuita e poderei visitar o Brasil sem preocupações."

A professora continuava a falar, mas Samuel já estava perdido em seus pensamentos, formulando um plano para se preparar ainda mais intensamente para os desafios que estavam por vir.

Enquanto a aula continuava, ele não conseguia deixar de pensar na viagem. A ideia de rever seus amigos antigos e mostrar a eles o quanto havia evoluído o enchia de determinação.

"Eu vou dar o meu melhor," pensou Samuel, com um brilho novo nos olhos. "Nada vai me impedir de alcançar meus objetivos."

Samuel estava caminhando, empolgado com a ideia da viagem que a professora mencionou. Ele e sua irmã finalmente teriam a chance de ver seus amigos novamente. Enquanto caminhava pelo bairro Chiyoda, ele percebeu alguém familiar mais à frente. Era Naomi Fujimura, mas ela não fazia parte da sua escola. Ela estava sentada em um banco, meditando com os olhos fechados.

Samuel hesitou por um momento, mas decidiu continuar se aproximando. Quando Naomi abriu os olhos, notou sua presença e se perguntou se ele estava a seguindo.

Samuel, percebendo o olhar dela, sorriu e a cumprimentou.

Samuel: "Bom dia, Naomi. Não esperava te encontrar aqui."

Naomi, mantendo a postura calma, respondeu com um leve tom de desconfiança.

Naomi: "Ah, é você. Por acaso, está me seguindo?"

Samuel riu, balançando a cabeça.

Samuel: "Nada disso. Só estava fazendo uma caminhada matinal. Eu gosto de clarear a mente antes de começar o dia. E você? Quer caminhar um pouco?"

Naomi ponderou por um momento, olhando para ele com um leve interesse, antes de dar um pequeno aceno de cabeça.

Naomi: "Caminhar... Por que não?"

Eles começaram a caminhar juntos pela praça de Chiyoda, mantendo uma distância respeitosa. O silêncio entre eles era tranquilo, apenas interrompido pelo som de seus passos e o sussurro das árvores ao redor.

Samuel: "Você costuma vir aqui de manhã? Eu não tinha te visto por aqui antes."

Naomi manteve os olhos à frente, mas havia uma leve curiosidade em seu tom.

Naomi: "Eu venho quando preciso pensar. Este lugar é... tranquilo. Mas estou surpresa de te encontrar aqui. Achei que treinava em outro lugar."

Samuel: "Eu geralmente treino em outra parte da cidade. Mas hoje senti que precisava de um pouco de ar fresco."

Naomi olhou de relance para ele, avaliando suas palavras.

Naomi: "Entendo. Mas ainda assim, é curioso. Não esperava te encontrar aqui."

Samuel: "Bom, talvez seja o destino. Ou apenas coincidência. Mas já que estamos aqui, podemos aproveitar a manhã."

Naomi esboçou um pequeno sorriso, quase imperceptível.

Naomi: "Talvez. Mas não se engane, Samuel. Somos de escolas diferentes, e isso não muda nossa rivalidade."

Samuel sorriu de volta, com determinação nos olhos.

Samuel: "Não me esqueço disso, Naomi. Rivalidade ou não, é sempre bom ter uma boa conversa."

Eles continuaram a caminhar, a tensão entre a rivalidade e a nova compreensão mútua pairando no ar. O sol da manhã brilhava, anunciando o início de um novo dia, tanto para a amizade quanto para a competição entre os dois.

Samuel e Naomi caminhavam juntos pela praça em Chiyoda, o silêncio entre eles sendo quebrado apenas pelos passos leves sobre o calçamento. Samuel, ainda curioso sobre a reputação de Naomi, decidiu perguntar:

Samuel: "Então, é verdade que você é a melhor no ensino médio? E o que sua família acha disso?"

Naomi hesitou por um momento, seu olhar se fixando no horizonte antes de responder, com uma sinceridade que surpreendeu até a si mesma.

Naomi: "Minha família... quase nem liga. Eles nunca quiseram que eu seguisse esse caminho. Sempre desejaram que eu fosse mais... educada, formal. Mas, na verdade, eu nunca gostei disso. Sempre preferi as artes marciais. Por isso, treino tanto e tento passar essa confiança. Aposto que você não sabia, mas todos me chamam de 'Princesa do Karate'."

Samuel arqueou uma sobrancelha, genuinamente interessado no apelido.

Naomi: "É por isso que eu não vou desistir."

Samuel refletiu por um momento sobre o que Naomi havia dito. Ele podia sentir a determinação dela, aquela aura de confiança que a rodeava. Depois de um tempo, ele compartilhou um pensamento filosófico que lhe veio à mente:

Samuel: "Sabe, somos como pássaros que têm suas asas como forma de liberdade. Se você deixa alguém ditar seu caminho, é como se estivesse numa gaiola. Você deve se guiar apenas por si mesma e suas asas."

Naomi ficou impressionada com as palavras de Samuel, seu olhar se suavizando enquanto as processava. Mas antes que pudesse responder, Samuel olhou para o relógio e percebeu que já era tarde.

Samuel: "Acho que está na hora de voltar para casa."

Ele sorriu e se despediu com um simples aceno. Naomi o observou partir, as palavras dele ainda ressoando em sua mente enquanto ela ficava ali, sozinha com seus pensamentos.

Fim desse Capítulo.

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