O Abismo de Cada Ser

Cinzas

Da leve brisa a forma se forma
Do caos a ordem escorre em volta
Tomando a verdade como justa troca
Destoa daquilo que o tempo consola
Da água me arrasto, para a praia de cinzas
Daquele risíduo meu corpo definha
E então sobre os pés, o meu ser caminha
A contra vontade alinho a espinha
Cem passos a frente, os meus pés já doem
Cansado eu paro diante de vós
Pergunto a Deus, "o que resta após?"
No vazio ecoa em silêncio sem voz
Virado para a praia, o meu corpo corrói
A praia de cinzas, é o que sobrou de nós

--Téo Lima