And Yet It Could Be So Much More.

XIII

Flashback

''Case comigo.''

Ele deixou escapar aquelas duas palavras simples, porém pesadas, e por alguns momentos, pareceu que o tempo havia parado completamente, a julgar pela maneira como Lucerys congelou completamente no meio de sua bebedeira.

Cada segundo parecia uma hora enquanto ele esperava ansiosamente pela reação do sobrinho à sua proposta nada romântica e francamente ridícula.

Quando Lucerys finalmente se recuperou do choque inicial, ele só conseguiu dizer uma palavra.

''O que?''

Claro que o menino não entenderia na primeira vez, ele teria que repetir, como era de se esperar.

"Eu disse case comigo", ele disse mais uma vez.

Ele esperava que suas palavras fossem absorvidas dessa vez, já que ele havia se esforçado muito para soar claro e tudo mais.

Mas suas esperanças foram frustradas, como sempre, porque Lucerys continuou olhando para ele como se ele estivesse falando outra língua.

''O quê?'', ele repetiu e mordeu com mais firmeza, pois sabia que teria um longo caminho pela frente antes que suas palavras realmente fossem absorvidas da maneira que ele queria.

Ele zombou.

"Eu não sabia que você era um sobrinho com deficiência auditiva", ele declarou, tentando esconder a provocação e o sarcasmo por trás de sua voz.

Felizmente, o sistema de Lucerys foi reiniciado e sua resposta chegou um pouco mais rápido dessa vez.

''Eu não estou!'' ele negou imediatamente e recostou-se no assento, ''Eu só...'' ele pensou um pouco, aparentemente sem palavras, ''Por quê?'', ele finalmente questionou.

Ele teria que explicar tudo, e não teve problema em fazê-lo.

Porque ele sabia muito bem que se apresentasse um caso convincente, esse poderia muito bem se tornar o caminho pelo qual ele poderia ser deixado em paz e satisfazer sua mãe antiquada ao mesmo tempo.

Dois coelhos com uma cajadada só.

''O que você quer dizer com "por quê?", ele retrucou como se fosse completamente óbvio. ''Porque seria benéfico para nós dois.''

As sobrancelhas de Lucerys franziram em confusão, ainda sem ter plena consciência do que ele estava se referindo.

''Benéfico?''

Ele se inclinou para frente e colocou os dois braços sobre a mesa, chegando o mais perto possível do sobrinho e olhando para ele atentamente com sua violeta solitária, tentando enfatizar seu ponto de vista.

Seu argumento era claro.

''Use esse seu grande cérebro taoba , você mesmo disse - sua mãe não vai ceder a menos que você desista do nome Velaryon'', ele lembrou, ''e a única maneira de conseguir isso é escolher um diferente.''

As sobrancelhas de Lucerys se ergueram em leve surpresa, e ele ficou feliz em ver que o choque inicial havia passado para que eles pudessem conversar adequadamente sobre isso.

Seja lá o que for.

''O nome Targaryen, você quer dizer?''

Ele se recostou na cadeira, mantendo o olhar firme no garoto sentado à sua frente enquanto esperava sua resposta.