And Yet It Could Be So Much More.

XIV

Dias de hoje

Aemond finalmente teve a chance de levar Lucerys para o encontro que ele estava esperando naquele fim de semana.

O dia foi passado preguiçosamente, os três acordaram tarde e tomaram café da manhã em família, cercados pela conversa constante da filhinha, que falava sobre assunto após assunto, mantendo-os entretidos enquanto comiam.

Foi somente à noite que os dois conseguiram um tempo sozinhos, então decidiram deixar o pequeno Rhae aos cuidados de Amelia antes de sair para uma noite de diversão.

Eles passaram a maior parte do tempo em um shopping, comprando coisas aleatórias antes de irem a um restaurante, onde tiveram um jantar íntimo cheio de conversas sem sentido.

Era tudo o que ele havia sonhado todos esses anos, muito mais do que isso, parecia completamente surreal para ele, mesmo agora, enquanto ele levava os dois para casa.

''Eu me diverti hoje.'', Lucerys comentou, dando uma olhada nas sacolas de compras que estavam escondidas no banco de trás.

"Eu também", ele respondeu com sinceridade.

''Você não precisava me dar um telefone tão caro, sabia.''

Ele não conseguiu deixar de zombar disso, os olhos de Lucerys se arregalaram quando ele olhou para o preço do telefone que ele decidiu comprar para ele, alegando repetidamente que era uma despesa inútil. Ele passou um bom tempo convencendo-o de que ele merecia.

Não era uma despesa inútil para ele, sem mencionar o fato de que também pesava muito em sua consciência.

Afinal, ele havia jogado fora o telefone de Luke sem pensar muito, então parecia justo que ele o compensasse pelo dano.

Embora Lucerys não soubesse de nada, isso não vinha ao caso.

''Você sabe que dinheiro não é um problema na nossa família'', ele lembrou, ''apenas use-o, Luke.''

Ele viu Lucerys abrir um sorriso tímido enquanto afundava no assento e corava adoravelmente como uma flor que floresceu no verão.

Muito ao contrário do frio causado pelo inverno que eles estavam enfrentando nos últimos anos.

''Obrigado.''

Ele estacionou o carro na garagem e fez questão de pegar todas as sacolas de compras antes que Lucerys tivesse a chance de fazê-lo.

Seu marido havia se recuperado bem, mas ele sabia que não seria uma boa ideia forçar seu corpo de qualquer forma.

Para ele, seu ômega era frágil e, especialmente depois que ele passou por isso, sua própria natureza trabalhou quase instintivamente para protegê-lo de todo e qualquer mal.

Eles mal passaram pela soleira quando sua garotinha, vestida com seu vestidinho rosa, praticamente correu e abraçou Lucerys.

''Mamãe!''

Lucerys se agachou imediatamente, retribuindo o abraço com o mesmo vigor, como se fizesse isso há muito tempo, sem dar sinais de que não se lembrava da filha.

''Oi, querida...'' ele murmurou assim que eles se afastaram, ''você se comportou enquanto estávamos fora?''

O pequeno Rhae assentiu.

''Aemmy e eu terminamos meu livro de colorir'', ela se gabou.

Amelia sorriu e assentiu para ambos, de onde estava.