Capitulo 32

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Assenti com a cabeça em sinal de concordância, enquanto Federick se dirigia até a cozinha para pegar os salgadinhos. Aproveitei aquele momento para pegar o objeto que estava escondido atrás de mim o tempo todo, e fiquei com ele nas mãos.

Nem um minuto depois, Lucca voltou da cozinha, interrompendo meus pensamentos.

— Vamos comer um pouco, e depois a gente joga mais! — disse ele, animado.

— Tudo bem, pode ser — respondi, tentando parecer tranquila.

Enquanto ele se sentava no sofá, eu me levantei com o objeto em mãos, ainda escondido atrás de mim, mas antes que pudesse falar qualquer coisa, Lucca e Federick me olharam com uma expressão curiosa.

— O que aconteceu? Está tudo bem? O que é isso atrás de você? — perguntou Federick, notando minha postura desconfortável.

Suspirei profundamente, tentando reunir coragem para o que estava prestes a dizer.

— Está tudo bem! Mas... eu queria... tenho algo a dizer... — falei, hesitando, sem saber exatamente como iniciar.

Lucca, ainda confuso, olhou para mim com atenção.

— Pode falar — ele disse, tentando entender a situação.

Respirei fundo, olhando para o objeto que ainda segurava nas mãos. Decidi finalmente revelar o que estava guardando.

— Então... eu queria pedir desculpa — falei, um tanto sem graça, os olhos evitando o contato direto.

— Pedir desculpa pelo quê? — perguntou Lucca, o tom dele mostrando uma mistura de confusão e curiosidade.

Puxei o objeto de trás de mim, deixando-o visível, e então continuei:

— Quero pedir desculpa por ter feito aquilo ontem. No parque, no carro... principalmente no carro — disse, com a voz baixa, sentindo uma onda de vergonha me invadir.

Lucca olhou para o objeto e, ainda mais surpreso, disse:

— Oxi...! Eu não entendi direito. Senta aqui e me explica isso direito! — ele pediu, com um leve sorriso, tentando entender minha atitude.

Com um suspiro, sentei-me de volta no sofá, sentindo um misto de nervosismo e alívio por finalmente poder falar. Enquanto começava a explicar, as palavras saíam mais lentas do que eu gostaria, mas sentia a necessidade de ser sincera, de mostrar que realmente estava arrependida.

Enquanto falava, uma mistura de emoções e sentimentos conflitantes tomava conta de mim. A vergonha, a culpa, mas também a vontade de corrigir as coisas, de fazer o certo.

Quando terminei de explicar tudo o que sentia e o porquê do meu pedido de desculpas, entreguei o objeto a Lucca.

TraiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora