Esse capítulo me destrói

Espero que gostem, boa leitura!

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Todos estavam escutando os berros irritados e extremamente abusivos do senhor Shimura ecoando pelo andar. Eles estavam quietos, tentando trabalhar em seus próprios computadores enquanto seus maxilares marcavam cada vez mais, o limite de suas paciências chegando ao fim.

Piorou quando Minato foi finalmente liberado da sala do chefe e ele foi ligeiro até sua mesa, se escondendo encolhido atrás de sua tela de trabalho. Todos olhavam para ele, mas ele fingia bem mal que não estava tremendo de nervosismo.

Nesses momentos, bem mais corriqueiros do que seria aceitável, Indra levava sua mão até a mão dele, fazia carinho em sua pele fria e suada, até ela esquentar e parar de tremer. Então eles entrelaçariam os dedos e ficariam o resto do expediente daquele jeito, se sentindo muito melhor.

Mas, quando o moreno levou a sua mão até a do loiro, no mais impulso do costume, Minato automaticamente estremeceu e retirou o contato. Ele se levantou depressa mais uma vez e foi ligeiro até a cozinha, precisando de um café bem forte para tentar aguentar toda aquela merda que era sua vida.

Indra ficou o olhando de sua cadeira, o coração doendo. Nem ao menos encostar em sua mão, em um momento que ele claramente precisava de apoio, era permitido? Minato tinha repudiado sua declaração tanto assim?

Ele suspirou pesado, apoiando os cotovelos na mesa antes de afundar o rosto nas mãos e segurar o grito de ódio que queria sair. Sakura o olhava com preocupação antes de subir o olhar para Tobirama, do outro lado dos computadores. O Senju também parecia sobrecarregado com planos mirabolantes para juntar aqueles dois.

Quando Minato enfim voltou para sua mesa, tomando um café tão escuro que deixava claro que iria estourar seu estômago mais tarde, foi o fim para Indra. Porque todos sabiam que o loiro não curtia café puro, muito menos sem açúcar, muito menos antes do almoço. Sempre lhe dava dor de estômago e parecia que era exatamente o que Namikaze queria para ele.

Ele arrastou a cadeira de rodinhas para trás com força, antes de pegar suas coisas e sair pisando fundo até o elevador, sem se preocupar nem em desligar o computador. Sakura tentou o chamar, o alertar das planilhas que o senhor Shimura queria para o fim da tarde e que estava em sua responsabilidade, que ele não podia simplesmente sair do trabalho sem permissão, mas Indra nem ao menos respondeu.

Todos continuaram em silêncio até mesmo depois de se olharem apreensivos. Danzo já tinha descascado Izuko, Konan e Minato naquela manhã. Nunca esteve de bom humor, mas naquele dia parecia bem pior. Indra acabaria sendo demitido.

Minato apertou os lábios com tanta força, que quase perdeu a circulação para sempre da região. Ele deixou o copo com o café no canto da sua mesa e discretamente foi puxando as pastas da mesa de Indra para a sua. As abriu, dando uma rápida leitura no que tinha que fazer e fez uma leve careta ao ver que era muita coisa. Isso o atrasaria muito, mas jamais deixaria Indra se ferrar. Ainda mais por sua causa.

Ele não saiu do lugar quando Izuna ligou para avisar Tobirama que ele devia parar de trabalhar e ir almoçar. Não foi comer nem mesmo quando todos os amigos imploraram para ele fazer aquilo. Ele não tinha comido de manhã, não almoçou e não colocou nada a mais no estômago além daquele café extra forte. Então quando era seis horas da tarde, sua cabeça e barriga doíam como se fossem explodir.

Mas enfim, tinha terminado tudo o que o melhor amigo tinha que fazer. Enviou do e-mail dele para o chefe e deixou as pastas na mesa dele outra vez. Sakura só notou o movimento sutil, porque também tinha terminado suas coisas e estava se preparando para ir embora. Ela olhou de cenho franzido para tudo organizado na mesa de Indra antes de ver a expressão exausta do loiro abrindo outras pastas, estas que estavam pela metade.

Finalmente, a gente - Minaindra [Livro 3]Onde histórias criam vida. Descubra agora