Wg
Esses dias tá sendo mó correria, tô nem vivendo direito parceiro, nunca mais nem vi o playba nos vimos na terça quando brigamos e não mandei mais mensagem pra ele, ele também não me mandou nada como o esperado.
Marquei com os moleques de tomar uma breja nesse calor horrível do Rio de Janeiro, aproveitar que hoje é fim de semana e ficar de boa com os moleque. Pego minha nave e pego o beco do bar pra tomar umas, quando chego lá já vejo o Weslley com um cara feiona. Esse moleque me estressa.
-Qual foi desse bicão aí Weslley?- Pergunto me sentando e comprimentando os caras -
-Pergunta para esses cuzão sem noção aí. -fala apontando para os caras que estavam vermelhos de tanto rir do pivete, eles não deixa o moleque em paz e vice versa-
-Ele tava fazendo piada besta com a mãe do Preto falando que era gostosa, aí o Lucão disse que conhecia a mãe e o pai dele...- Portuga tenta terminar de falar o baguio mas não se aguenta e cai na risada- Ai ele perguntou quem era o pai dele pro Lucão, e se ele conhecia, aí o Lucão disse que era o Tiquinho.
-Que Tiquinho?-pergunto sem entender onde eles queriam chegar-
-Tiquinho de um, e tiquinho de outro- quando ele falou isso todo mundo cai na risada e eu também não me aguentei, só restou a cara de puto do Mozin-
-Não brinco com parada seria de ninguém não, vai se fuder todo mundo. - fala o moleque bolado, ele tira onda com todo mundo mas quando alguém toca nessas parada dele, ele fica puto- Até tu Wg, tirando onda com a cara do mano.
-Tu também tava tirando onda com os moleque, fica quieto aí caralho. -Dou um tapa na cabeça dele e ele sai puto-
-Vou pra casa que eu ganho mais- sai pisando duro-
-Vix, o moleque sentiu mermo parceiro.
-Tira muita onda com o moleque não, ele não gosta quando fala disso.
Depois do surto de menininha do Weslley que ele ficou puto e meteu o pé, fiquei com os cara até umas seis e poucas até que o telefone tocou com e na tela o nome da "Veia vó do Mozin". Me afasto da galera e atendo o telefone.
-Alô meu filho.
-Qual foi tia? Tudo bom?
-Sabe o que aconteceu com o Biel?
-Porque tia? Aconteceu alguma parada com ele? -comecei a ficar pilhadão já-
-Não meu filho, ele só chegou diferente do bar. Vou ver aqui com ele, desculpa te incomodar, Tchau.
-falou aí
Desligo e vou em direção dos moleque pra me despedir e vou checar o que aconteceu com o pivete, ele deve ter ficado chateado mermo com a brincadeira dos moleques. Pego o beco até a casa dele, chegando lá bato na porta e a tiazinha que me atende.
-Cadê o pivete?
- Tá no quarto. Vai lá perguntar o que aconteceu, tô ficando preocupada. - aceno com a cabeça e vou em direção ao quarto, não é um barraco muito grande mas é bem organizado nem parece que mora um porco aqui-
Entro no quarto já que não tem porta e nem precisei avisar que ia entrar, o pior que podia acontecer era ele tá batendo punheta e isso ele não estava.
-Sai vó, já falei que não quero jantar. -moleque fala com a voz de choro, ele tá ruim mesmo pra nem querer comer-
-Tem que falar direito com tua vó cuzão, se eu pegar tu sendo grosso com a veia quebro tua cara.
-Tá fazendo o que aqui Wg? Se manda, quero tu aqui não.
-Me respeita filho da puta, tá chorando por que?
-Num tô chorando, vai embora. -E ainda é grosso, moleque filho da puta-
-Qual foi? Pode falar qualquer parada pra mim parceiro. -ele levanta e me olha, o moleque tá com o olho inchado de chorar, caralho- Fala aí pô, vou te zuar não.
-Não gostei da parada que eles falaram, tá ligado parceiro? Mó feio brincar com essas parada, eles sabem que não gosto de falar dessas porra e toda vez procura alguma piada pra fazer.
-Vou ter uma conversa com eles, fechô? -ele só faz que sim com a cabeça e deita de barriga pra baixo de novo- é só essa parada que te chateou? Ou mais alguma coisa?
-Um monte de coisa Wallysson, eu queria ter uma família morô, só tenho minha vó que já tá velha. Quando ela morrer eu quero morrer também.
-Para de falar merda pirralho, ela vai viver muito ainda. E tu também. E eu sou tua família também moleque, fica de boa que tu tem eu, não sou muita coisa mas tá valendo.
Fiquei um bom tempo lá com o pivete tentando animar ele de ir na pizzaria comer alguma parada e ele não quis, depois de um bom tempo fui pra casa assistir alguma coisa, mesmo preocupado com o moleque. Acabei caindo no sono e acordei com meu celular tocando 00:40 com o playba me ligando.
-Qual foi? -pergunto só que ele não diz nada, passa um 15 seg sem falar nada-
-Oi, queria te ver. Você pode vir aqui?
-Tá achando que sou motoboy de pica?
-Vai se ferrar Wallysson, eu só queria resolver as coisas. Não tô te obrigando a vir, só vem se quiser.
-Tá, tô indo.
Fui tomar outro banho por que já está suado de novo, me vesti e partiu pra casa do Playba, vou me sentindo o lanchinho da madrugada. Não vou negar que já estava com saudade do vacilão, precisava ver ele mesmo, mas não iria dar o braço a torcer tão cedo.
Chegando lá não precisam nem interfonar por que eu já estou liberado, pego o elevador pro andar do playba. Quando toco a campainha ele logo abre, parece que tava me esperando na porta.
-Entra aí. -Entro tentando manter minha postura, mas o filho da puta está sem camisa com aquele abdômen gostoso chamando minha boca pra morder- tá me olhando que nem um psicopata por que?
-O que quer comigo? -vou direto ao assunto- fala logo, ou tu me chamou pra ficar olhando pra minha cara?
Oi gente... Tô tentando terminar logo o livro pq tenho outra ideia de livro e estou ansiosa para iniciar.
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Amor Criminoso
RomanceEssa é uma história de romance gay de uma forma bem diferente.