Até a verdade vir à luz

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Olá, sejam bem-vindos de volta a Empíreo! :)

Sei que faz muito tempo desde a última atualização e agradeço de coração aos leitores que, com muita paciência e compreensão, ainda estão aguardando por esta história. Espero continuar atualizando com mais frequência até a sua finalização.

Por favor, deixe comentários e vote no capítulo para eu saber que vocês ainda estão comigo nessa jornada pelo mundo dos anjos. Estou bem animada pra voltar com essa história, acho que vocês também vão gostar.

Desejo a você uma ótima leitura! <3

Desejo a você uma ótima leitura! <3

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Quente. Taehyung já havia encarado a morte nos olhos algumas vezes e sempre achou que seria fria. Pensava que, enquanto perdia o calor do corpo e submergia na escuridão, também congelaria por dentro. Mas estava errado. Como era calorosa, a morte.

Olha pra mim, chamava uma voz doce. Reconhecia a voz de Jeongguk, mas tinha sono. Era como se afundar numa banheira de água aquecida, todo o seu corpo havia relaxado.

Você precisa ficar acordado, entende? Precisa ficar comigo.

Adoraria atender ao pedido dele, mas suas pálpebras não obedeciam. Pelo contrário, foi afastado do tempo presente e conduzido até uma cena distante. Era um menino apenas, doze anos, pernas finas e muito medo. Corria por uma trilha antiga em sua cidade natal, conhecia o mato, conhecia os caminhos empoeirados, conhecia o homem correndo em seu encalço, cheio de intenções monstruosas. Tomou o caminho da antiga ferrovia, o trem havia parado de funcionar antes mesmo de seu nascimento, mas os trilhos enferrujados continuavam existindo sob a folhagem. Passaria pelo precipício sobre o trecho da ferrovia que cruzava o abismo, Taehyung era leve e ágil, chegaria ao outro lado e o homem não seria capaz de persegui-lo. Contudo, a madeira que sustentava os trilhos apodrecera com as décadas. Taehyung não devia ter confiado nela.

A madeira cedeu. O pé esquerdo escorregou, solto no ar. Frio na barriga. Taehyung olhou para baixo, as copas das árvores ao longe, tão distantes, bem miúdas. Vertigem. Morreria antes de alcançar as árvores? Ou seria perfurado pelos galhos?

Então, Taehyung voou.

Taehyung, olha pra mim. Se você ficar acordado eu faço o que quiser.

O abraço em sua cintura se apertou, a respiração ofegante dele tocou sua bochecha. Se parecia um pouco com isso, voar. Era quente também. Jeongguk, próximo assim, o cheiro, a pele, a voz, toda a sua presença era protetora. Que agradável, Taehyung pensou, e quis sorrir. Se ele concordasse em andar de moto comigo, me abraçaria dessa forma todos os dias.

— Me promete?

As palavras soaram como um murmúrio distante. Não soube se tinha realmente dito em voz alta ou apenas em pensamento. De qualquer forma, não haveria escapatória para a morte. Estava tão próxima, cobria Taehyung com seu manto sombrio. A promessa de Jeongguk jamais seria cumprida.

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⏰ Última atualização: Sep 23 ⏰

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