MINHA GAROTA.

- Querida namorada. -

Pov JungKook

Ela até pensou que eu não a vi levantando e saindo correndo enrolada no cobertor nessa manhã, e aquela cena me fez dar uma leve risada. Quando ela me contou que não fazia muitas refeições por falta de dinheiro eu senti meu coração doer, eu realmente fiquei triste em saber que ela já havia passado por coisas assim.

Ela saiu e logo em seguida eu também recebi uma ligação para um evento de empresários de Busan, era minha primeira vez em um evento desses e eu não queria fazer feio, eu queria representar bem o meu novo negócio então caprichei no look, por sorte meu novo carro também já havia chegado da concessionária e então eu fui. Eu sabia que esse evento era a minha oportunidade de me achegar aos caras grandes de Busan, o tipo de pessoas que eu quero ter como cliente na Seven, só que eles não me deram nenhum tipo de abertura, eles nem me olhavam, eles apenas conversavam entre si, com mulheres lindas, bem vestidas e cheias de joias do lado, me senti muito perdido.

-É sua primeira vez aqui né? - Um homem mais velho se aproximou com um copo de whisky.

-É sim! - respondi.

-Seja bem-vindo, eu sou Choi-Sam.

O senhor começou a conversar comigo, e logo eu soube que ele era um viúvo dono de uma grande rede de conveniências, veterano nesse tipo de evento e por isso eu perguntei a ele o porquê de aqueles homens parecerem tão intocáveis, ele me listou os nomes deles um a um, e eu fiquei bem surpreso em ouvir um nome em específico: Kang Ri-Ho, esse era o nome do pai do Taec, aquele meu ex amigo da época de escola, pelo visto seu pai continua muito bem sucedido com seu hotel.

-Você quer se aproximar deles? Minha dica é, tenha o fator surpresa, faça com que eles queiram a sua presença, faça com que eles notem você. Está vendo as mulheres ao lado deles? Muitas delas nem são suas esposas de verdade, estão ali para que os outros homens as olhem e cobicem, tudo faz parte de um grande jogo de aparências. -O homem disse como se já soubesse dos segredos mais íntimos de cada um ali.

Ouvi tudo atentamente e depois fui embora. Quando cheguei notei que ela ainda não estava e mais uma vez, sem que eu percebesse estava me preocupando com ela, e o que eu fiz? Sim, eu liguei.

Ela parecia meio constrangida dentro do meu carro, então puxei um assunto, mas a melhor parte foi quando ela fez uma pergunta para mim. E eu sei que ela nem deve ter notado isso, mas aquela simples pergunta mexeu comigo, era algo novo para mim ter alguém perguntando como havia sido o meu dia, e eu gostei disso.
Só que no momento em que eu a olhei mais uma vez senti algo diferente, da mesma forma que foi quando a olhei pela primeira vez quando eu estava naquele camarote, da mesma forma que foi quando a olhei dançando na pista, a intensidade no nosso olhar era a mesma porém agora eu estava perto, perto o suficiente para ver cada detalhe do seu rosto, para ver o quão lindo eram seus olhos amendoados, o quão perfeito é o desenho dos seus lábios, o quão bom é seu perfume suave. Eu ouvia sua respiração ficando mais forte.

"Que tensão é essa aqui?" - me questionei enquanto a olhava.

Ela disfarçou e voltou a olhar para frente e eu sentia minhas mãos suarem enquanto apertava forte o volante. Seguimos calados até em casa.

Pov Dan-i

Depois de toda aquela tensão ele seguiu calado até em casa e assim que passamos pela porta o celular dele tocou, ele atendeu indo para a sala e eu fui para a cozinha beber água porque depois daquele momento no carro eu fiquei com a boca seca. Enquanto eu levava um copo de água até a boca, encostada na pia da cozinha eu o observei, parado perto da grande janela da sala ele abriu o botão do terno que usava, o tirou com facilidade e jogou no sofá, depois afrouxou a gravata apenas com uma mão e eu admito que isso foi bem atraente. Já sem a gravata em volta de seu pescoço, ele começou a abrir os primeiros botões da camisa, descendo do pescoço até perto do seu tórax.
Eu simplesmente não conseguia parar de olhá-lo, era mais forte que eu. E como já havia acontecido outras vezes eu fui pega no pulo, ele virou o rosto me olhando, dei um sorriso amarelo como uma criança que tinha acabado de ser descoberta, coloquei o copo na pia e me apressei para ir para o meu quarto.