Como assim?

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— Eu não vi ela saindo dona Helô... — Creusa estava chorando desesperada.

— Calma Creusa , não foi sua culpa... — Helô disse abraçando Creusa.

— O vídeos mostram ela saindo, mas depois, não temos mais pistas, estamos trabalhando com a hipótese dela ter inicialmente fugindo e acabou sendo sequestrada, ou está escondida em algum lugar onde não temos monitoramento.... — Oliveira delegado do caso disse.

— Eu vou sair pra procurar ela, sei lá, podemos ter deixado de olhar em algum lugar. — Helô disse muito aflita.

— Até o pai dela voltar, você que é a responsável legal por ela né? — Oliveira perguntou.

— Sim, eu tenho uma procuração, mas ele já tá voltando.... — Ela explicou, ao saber do desaparecimento da criança, Stenio largou tudo e fretou um avião pra volta ao Brasil e encontrar a filha.

— Ok, vamos dar andamento nas investigações! — Oliveira disse e ela assentiu.

— Eu vou sair, qualquer coisa me liga e por favor se acalma, se não daqui a pouco você vai parar no hospital! — Helô disse abraçando Creusa.

Helô pegou a chave do carro e saiu procurando pelas redondezas atrás de Drika, no caminho tentou ligar pra Caio mas ele não atendeu, depois ela falaria com ele, mas no momento a prioridade máxima era encontrar Drika, chovia muito no Rio de Janeiro e isso só fazia com que a culpa, o remorso e o desespero de Helô só aumentassem, até que Helô passou por um sinal e viu Drika sentada toda encolhida embaixo de um viaduto. Helô largou o carro de qualquer jeito na rua e correu até a menina.

— Drika meu Deus, graças a Deus! — Helô disse abraçando ela. — Minha nossa, você está queimando em febre...

— Oh, quem é você? —  Uma mulher morador de rua perguntou, ela tinha um cachorro.

— Eu que pergunto, o que você estava fazendo com ela? — Helô perguntou ligando chamando reforços.

— Nada não minha senhora, só encontrei ela na rua e ajudei. — A mulher disse.

— Ajudou sei, ia explorar ela pra pedir dinheiro na rua pra você. — Helô disse.

Logo a polícia chegou, levaram a mulher e Drika pro hospital, mas a menina não dizia nada.

— Ela tá bem? — Helô perguntou pro médico, a menina já tinha tomado banho, se alimentado e estava dormindo.

— Fisicamente sim, não tinha nenhum sinal de qualquer tipo de violência fisica ou abuso, não se preocupa! — O médico disse.

— Graças a Deus! — Helô falou aliviada fazendo carinho no rosto da criança. — Mas e a Febre?

— Não encontramos uma causa física, estamos achando que é emocional, já avisamos o psicólogo e mais tarde ele vem pra fazer uma visita! — O médico disse.

— Obrigada doutor! — Helô falou e então o médico saiu do quarto deixando ela sozinha com a criança.

Um hora depois, Stenio entrou pelo quarto de hospital desesperado.

— Ela tá bem? — Ele perguntou visivelmente nervoso.

— Tá, o médico acha que a febre é emocional... — Helô disse.

— Ela disse por que fugiu? — Ele perguntou colocando a mão na testa de Drika delicadamente para não acorda-la.

— Não, ela não falou comigo, mas a mulher com quem eu encontrei ela, disse que encontrou ela chorando embaixo de uma marquise, ficou com pena e levou ela junto.... — Helô disse. — E quando perguntou, a Drika disse que não tinha ninguém no mundo e que ninguém amava ela...

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