Um casamento misterioso

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— Depois a gente fala disso, agora tenho que ir, amanhã trago a Drika pra te ver! — Helô disse.

— Obrigado, sei que só tô aqui graças a você! — Ele disse.

— E tá mesmo.... — Ela bufou.

— Espera, meu beijo de despedida... — Stenio pediu fazendo drama.

— Não tá merecendo beijo nenhum não.... — Helô falou colocando a bolsa.

— Poxa, eu tive uma experiência de quase morte, não é assim que uma esposa recepciona o marido.... — Stenio disse se fazendo de vítima. — Só um beijinho vai...

— Só vou te dar porque as pessoas precisam acreditar que nosso casamento é de verdade. — Helô deu um selinho demorado na boca dele e então saiu sem nem dar tempo dele responder.

Stênio estava muito machucado, clavícula deslocada, perna quebrada, diversos machucados pelo corpo que tinham infeccionado e por isso ele estava fazendo antibiótico na veia, fora as costelas, quase todas fissuradas e duas quebradas, foi uma sorte ele ainda estar vivo. Ele ficou internado mais cinco dias até poder ter alta e continuar o tratamento em casa. Com a desculpa de manter as aparências, Helô disse que era pra ele ficar na casa dela por uns dias, o que ele não se opôs.

— Não se preocupe com nada Dotô Stenio, eu vou cuidar do senhor direitinho e logo logo o senhor vai tá novinho em folha! — Creusa disse.

— Obrigado amor da minha vida! — Stenio disse bem humorado pra Creusa

— Eu fiquei com muito medo de nunca mais te vê papai! — Drika disse abraçada com Stenio sentada na cama com ele, mas ele gemeu de dor. — Desculpa!

— Tá tudo bem filha, desculpa ter preocupado vocês.... — Stenio disse.

— A gente ficou tudo doido aqui sem notícias do senhor... — Creusa disse.

— Me desculpem, prometo nunca mais assustar vocês assim! — Stenio disse envergonhado.

— É bom mesmo que tenha aprendido a lição! — Helô disse dura entrando no quarto.

— Coitado dona Helô, não faz assim com ele, não vê como ele tá pobrezinho... — Creusa disse.

— Pobrezinha de mim né Creusa, agora tô cheia de trabalho atrasado, sem folga até Deus sabe quando... — Helô resmungou.

— Eu sinto muito, de verdade.... — Stenio disse constrangido.

— Agora tô indo trabalhar... — Helô disse. — E quando eu voltar, a gente vai ter uma conversa muito séria!

— Ela fala isso da boca pra fora, tava era desesperada sem saber do senhor.... — Creusa disse quando Helô saiu do quarto.

— Pior que dessa vez ela tá certa mesmo... — Stenio suspirou. — Foi irresponsabilidade da minha parte, graças a Deus sobrevivi!

— Bom, agora o senhor trate de descansar que daqui a pouco lhe trago um suquinho. — Creusa disse saindo do quarto.

— E eu quero que você me conte tudo... — Stenio disse. — Desculpa não tá aqui no seu primeiro dia na escola nova....

— Eu não queria ir, mas Helô não deixou eu ficar em casa... Mas foi bom, eu já tenho duas amigas e um amigo novo! — Drika contou.

— Pois me conte tudinho! — Stenio pediu beijando a testa da filha.

(......)

— Oi... — Helô disse entrando no quarto.

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