Draco Malfoy and the Talon Brand

A Voice in Azkaban

Não houve muita conversa naquele quarto de hospital, apenas as mesmas coisas se repetiam, enquanto o mínimo necessário começava a fazer sentido para os Longbottoms: a tortura que sofreram nas mãos dos Comensais da Morte os havia levado a um estado de loucura, onde seus corpos estavam vivos, mas suas mentes estavam desligadas da realidade e, finalmente, quase quinze anos depois, eles se recuperaram.

Finalmente, Augusta perguntou a Draco com quem ele tinha vindo, e disse para ele ir contar a eles, dizer para eles contarem a Albus, contar a todos. Draco assentiu e correu.

Ele descobriu, de alguma forma, que seus amigos ainda visitavam o Sr. Weasley como se nada tivesse mudado, quando o impossível aconteceu um andar abaixo deles.

"Oh, oi," Ron disse casualmente quando viu Draco se aproximar. Ele estava sentado no chão, jogando Snap Explosivo com os outros. Tonks e Moody estavam parados em um canto próximo, sussurrando conspiratoriamente. "São só Bill e Remus lá dentro com a mamãe. Ela ainda está dando uma surra nele por tentar esse remédio trouxa que não deu certo. Luna e Hermione foram procurar a sala de chá. Você quer participar da próxima mão?"

"Não, obrigado," Draco disse entorpecido, e foi até Tonks e Moody. "Hum, com licença..." Ele mal conseguiu reunir coragem para interrompê-los.

Ele teve que esperar até que Ginny levantasse a cabeça e gritasse: "Ei, vocês dois, Draco quer falar com vocês", antes que eles se virassem e o notassem.

"O que foi, rapaz?" Moody franziu a testa, seu olho bom imediatamente parecendo perceber a diferença no comportamento de Draco desde a última vez que o viu.

Draco respirou fundo. "Vocês não vão acreditar em mim", ele disse, devagar e claramente para que apenas eles pudessem ouvir. "Mas eu prometo que estou falando a verdade. Eu estava lá embaixo, na Danos Mágicos, na ala fechada com Neville Longbottom. Senhor, os pais dele acordaram."

"Meu Deus," Tonks respirou, mãos voando para a boca. "O que você quer dizer com acordaram... Draco, eles estão falando? Eles não estão completamente fora de si mais?"

"Isso é impossível", disse Moody, mas havia uma esperança em seus olhos diferente de tudo que Draco já tinha visto ali, como se parte do dano que o havia martelado para baixo no soldado nervoso e cínico que ele era agora tivesse acabado de ser tirado dele. "Frank e Alice? Eles estão conversando? Agora mesmo?"

"Sim," Draco disse urgentemente, "eu falei com eles. Escute, a avó de Neville me disse para te contar. Ela disse para você contar a Dumbledore, e a qualquer outra pessoa que você queira. Os Longbottoms... eles estão agindo como se fosse ontem que eles estavam lutando contra os Comensais da Morte. Eles..." Draco engoliu em seco. "Eu acabei de apresentar Neville a eles. Eles estavam o abraçando quando eu fui embora."

"Meu Deus," Harry suspirou, tendo se aproximado sem que eles percebessem. "Os pais de Neville, eles não estão mais com o distúrbio?"

"Eu não sei", Draco disse, "mas parece que sim. Harry, você sabia sobre eles?"

"Eu vi na Penseira de Dumbledore," Harry disse suavemente, "No julgamento da sua tia. Draco, isso é... oh meu Deus, você disse que Neville está aqui? Ele deve estar..."

"O que está acontecendo com Neville?" Luna perguntou, colocando a cabeça para dentro. Ela e Hermione estavam de volta, braços carregados de chá e doces. Draco soltou uma risada chocada.

"Você não acreditaria se eu contasse."

Dumbledore não acreditou em Draco. Isso ficou claro, pois Draco repetiu a mesma história sobre os Longbottoms várias vezes, e Dumbledore continuou fazendo perguntas sobre os menores detalhes. Era irritante. Draco não entendia por que Harry estava tão deprimido por Dumbledore ignorá-lo este ano. Se fosse Draco, ele teria ficado aliviado.