O despertar da saudade.

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Olivia e Theo iam todos os dias após a escola para de baixo de uma cerejeira conversar, os dias foram passando e Olivia percebeu que gostava de Theo mais como um amigo, já Theo preferia ser apenas amigo de Olivia então Olivia guardou esse sentimento para si mesma, o tempo foi passando e eles foram mudando conhecendo novas pessoas... Theo foi se distanciando de Olivia, Olivia se lembrava todos os dias de suas conversas com Theo " Olivia, qual o motivo dessa arvore ficar sem folhas nessa época do ano?" e Olivia respondia " Theo, as melhores coisas da vida morrem rápido, como as flores de cerejeira, ela permanece por um breve momento para nós lembrar de como a vida é preciosa e depois desaparece" Ao lembrar disso Olivia fica muito chateada e pega sua bicicleta para ir na cerejeira ( obs: Theo não havia mais aparecido por lá, ele havia feito uma nova amiga Cleo, e ele havia levado ela até a cerejeira ) 

Olivia pedalava lentamente em direção à cerejeira, o vento soprava suavemente, carregando consigo as últimas folhas de outono. Ela se lembrava de cada conversa, cada risada compartilhada com Theo sob aquele mesmo galho que agora balançava vazio. "Por que você mudou?", ela sussurrava para si mesma, esperando que a brisa levasse suas palavras até ele.

Theo, por sua vez, estava com Cleo, rindo alto enquanto caminhavam pela praça. Ele não notou a sombra de tristeza nos olhos de Cleo quando ela perguntou sobre a cerejeira. "É só uma árvore", ele disse, evitando o olhar dela. Mas no fundo, uma pontada de culpa o incomodava.

Cleo, nova na cidade, encontrou em Theo um amigo e guia, mas ela sentia que havia algo não dito, uma história não contada. Ela viu a cerejeira de longe, imponente e solitária, e se perguntou sobre as memórias que ela guardava.

Naquele dia, como em todos os outros, Olivia chegou à cerejeira e se sentou, abraçando seus joelhos. Ela observava as crianças brincando, os casais passeando, e lá estava Theo, com Cleo. Seu coração se apertava, mas ela se forçava a sorrir. "As melhores coisas da vida morrem rápido, como as flores de cerejeira", ela recordou suas próprias palavras, agora tão amargas.

Theo olhou na direção da cerejeira, sentindo uma estranha inquietação. Ele viu Olivia, uma figura solitária contra o pôr do sol. Por um momento, seus olhares se cruzaram, e uma onda de arrependimento o atingiu. Ele queria voltar no tempo, mas sabia que algumas coisas, uma vez perdidas, não podem ser recuperadas.

Olivia se levantou, limpou as lágrimas e montou em sua bicicleta. "Adeus, Theo", ela murmurou, sem olhar para trás. Ela pedalou para longe, deixando para trás a cerejeira e as memórias de um amor não correspondido. Theo sentiu seu coração pesar, mas quando ele tentou segui-la, Cleo segurou sua mão, trazendo-o de volta à realidade.

E assim, sob a cerejeira, começou e terminou uma história de amizade, amor e perda. Uma história que, como as flores de cerejeira, teve sua beleza efêmera, mas deixou marcas profundas naqueles que a viveram.

Sonho quebradoOnde histórias criam vida. Descubra agora