O desabrochar de sentimentos ocultos

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No dia seguinte após a conversa de Theo com Olivia, e os ciúmes de Cleo.

A cidade amanheceu com um manto de neblina, e as primeiras luzes da manhã se refletiam suavemente nas gotas de orvalho que cobriam a cerejeira. Olivia acordou com o coração pesado, uma mistura de sentimentos a invadia; apesar de tudo, ela não conseguia negar que ainda havia uma chama de amor por Theo que ardia em seu peito. Ela sabia que precisava manter esse sentimento escondido, protegido das complicações que poderiam surgir.

Theo, por outro lado, sentia-se cada vez mais confuso. A conversa sob a cerejeira havia reacendido algo dentro dele, uma faísca de amor por Olivia que ele tentava desesperadamente entender. Ele se perguntava se deveria revelar seus sentimentos ou se isso apenas traria mais dor para ambos.

Cleo observava a interação entre os dois com um olhar atento. Ela percebeu a tensão não resolvida e começou a questionar seu próprio lugar na equação. Ela gostava de Theo, mas não queria ser a razão para mais sofrimento. Cleo decidiu dar um passo para trás, permitindo que Theo e Olivia resolvessem seus sentimentos sem sua interferência.

Enquanto isso, a cerejeira continuava a florescer, indiferente às complicações humanas. Suas flores rosadas balançavam ao vento, como se dançassem ao ritmo dos corações inquietos abaixo dela. Olivia passava cada vez mais tempo sob a árvore, desenhando em seu caderno, tentando capturar a beleza efêmera das flores que tanto lhe lembravam a natureza passageira do amor.

Theo começou a visitar a cerejeira com mais frequência, na esperança de encontrar Olivia. Ele queria falar, explicar seus sentimentos, mas sempre que a via, as palavras fugiam. Ele se sentia paralisado, temendo que qualquer passo em falso pudesse afastá-la para sempre.

Numa tarde ensolarada, Theo finalmente encontrou a coragem para se aproximar de Olivia. "Eu preciso te dizer algo", ele começou, seu olhar fixo no dela. "Desde aquele dia, algo mudou em mim. Eu... eu acho que te amo, Olivia. Mais do que como uma amiga."

Olivia sentiu seu coração acelerar, suas emoções em turbilhão. Parte dela queria correr para os braços de Theo, mas outra parte a lembrava da dor que sentira. "Theo, eu... eu não sei o que dizer", ela respondeu, sua voz trêmula.

Eles se sentaram sob a cerejeira, conversando sobre seus medos e desejos, sobre o que significava amar e ser amado. Theo expressou seu arrependimento por ter se afastado, enquanto Olivia confessou que, apesar de tudo, ela ainda o amava.

Cleo, vendo-os juntos de longe, sentiu uma pontada de tristeza, mas também de esperança. Ela sabia que o amor verdadeiro era algo raro e precioso, e se Theo e Olivia tinham uma chance de ser felizes juntos, ela não queria ficar no caminho.

A cerejeira, mais uma vez, foi o cenário para uma revelação de sentimentos. As flores pareciam sorrir para o casal, abençoando sua união com sua beleza transitória. E enquanto o sol se punha, pintando o céu de tons quentes, Theo e Olivia se abraçavam, prometendo enfrentar juntos o que quer que o futuro reservasse.

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