Sempre deixei de lado os sinais,
Fingi que nada acontecia,
Mesmo sabendo que, no fundo, os olhares eram outros,
De amigos a desconhecidos.Será que você é um grande oportunista?
Te apresentei ambientes e pessoas que mal conhecia.
Até ontem, sempre te considerei como um irmão,
mas você sempre teve uma faca nas minhas costas.Percebo agora que os olhares que ignorei eram de inveja,
E para ser sincero, me deixa chateado,
Sempre quis que você alcancesse voos maiores que os meus.
Instrui e fiz o que pude,
mas, no final, você era apenas mais um mero oportunista.O poema "Olhos Abertos" aborda temas de desilusão e traição em relacionamentos. O eu lírico reflete sobre a confiança que depositou em alguém que considerava próximo, quase como um irmão. Apesar de ter oferecido apoio e oportunidades, ele se dá conta de que essa pessoa agiu com interesses próprios, demonstrando inveja e oportunismo. A sensação de desilusão é palpável, com o eu lírico reconhecendo que ignorou sinais claros de deslealdade. O tom é de tristeza e frustração, evidenciando a dor de perceber que a amizade não era genuína. O poema é uma reflexão sobre a complexidade das relações e a dor da traição.