25 | the brother.

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JISUNG

Estava eu e Minho dentro do carro a caminho do mercado próximo de nossa casa. Precisamos reabastecer as comidas do armário e comprar algumas coisas de higiene.

Tem algo que eu quero perguntar a Minho faz alguns dias. Ele anda muito quieto e isso está me deixando irritado.

— ok, o que está acontecendo com você? - falei chamando a atenção de Minho que até agora estava calado. Me olhou rápido com uma expressão confusa, como se não estivesse entendendo. — eu perguntei o que está acontecendo, Minho. - o encarei sério.

— oh, não está acontecendo nada. - continuou com sua atenção no trânsito. — por que essa pergunta de repente? - me encarou assim que o sinal fechou.

— de repente? - o encarei de volta. — como de repente, Minho? Você está muito estranho esses dias. - continuei o encarando. Voltou seu olhar para o trânsito assim que o sinal abriu. — você tá meio... Não sei explicar bem. Está ficando mais frio...  - parou o carro e percebi que já estávamos no mercado.

— olha, me desculpa se estou ficando "frio". - fez aspas com os dedos. — mas eu estou normal, só estou um pouco mais pensativo. - encarou o volante antes de me olhar. — conversamos quando chegarmos em casa, pode ser? - perguntou e eu assenti hesitante. Eu sei que tem algo de errado, aquele não era mais o Lee Minho que eu conheço.

Entramos no mercado e fomos para o corredor de cereais.

— eu estou com muita vontade de comer frango frito. - encarou o arroz.

— como que você pensou em frango frito encarando um saco de arroz? - ele deu risada e eu o acompanhei. — você literalmente comeu isso ontem de noite.

— eu sei, só me deu vontade mesmo. - estreitei meus olhos em sua direção mas continuei a fazer o que estava fazendo.

— podemos comer hoje de novo se você quiser. - falei pegando o saco de arroz que ele ainda encarava. — o que tanto olha nesse arroz, em? - sorri assim que vi o que estava escrito. — Félix? Quem diabos deu essa ideia de colocar o arroz com o nome Félix? - vi o loiro dar risada, com certeza rindo da careta que fiz.

— eu achei legal, diferente. - continuou rindo, o que me deixou feliz. Desde de manhã que ele não deu uma risada verdadeira.

— bom, já pegamos tudo? - perguntei suspirando cansado.

— Sim. - assentiu e fomos para a fila do caixa.

— meu Deus, quanta gente! - talvez minha voz saiu um pouco mais alta do que eu esperava, pois muitas pessoas me olharam, mas só um talvez mesmo.

— ah! Vou pegar cheese cake para você! - escutei Minho falar e correr em direção à padaria do mercado. Sorri bobo quando vi o jeito que corria.

Senti algo vibrar em meus bolsos. Era o celular de Minho.

O desbloqueei e vi que era uma mensagem de seu pai.

"Sua mãe quer te ver, mas não acho que seja uma boa ideia. Seu irmão vai estar lá."

Irmão? Minho não tem irmão, tem? Ele nunca me falou sobre ter irmão.

Vi Minho voltar com o Cheese cake e desliguei o celular, o guardando rapidamente.

— aqui amor, o seu favorito. - disse com um sorriso fofo. Dei um selinho em seus lábios e retribuí o sorriso. — vamos? Somos o próximo. - empurrou o carrinho.

...

Já em casa, vi Minho guardando todas as coisas que compramos.

— você quer ajuda? - perguntei quando o vi com dificuldade para colocar todos os potes de pudim na geladeira. Colocou todos eles em um canto e me olhou.

— você quer conversar, adivinhei? - fechou a porta da geladeira e passou por mim indo em direção à sala comigo atrás.

— bem... Você sabe que eu sou curioso e que me preocupo com você.

— olha Jisung, eu vou te dizer ok? - assenti que sim e peguei em suas mãos para o dar mais confiança. Suspirou e desviou o olhar para o chão. — eu tenho um irmão. - me olhou. — mas eu não sei quem ele é, apenas lembro de seu sobrenome que é o mesmo que o meu. Eu não me lembro de nada sobre sua aparência. - respirou e continuou. — acho que a única vez que vi ele, foi quando ele nasceu. Eu iria fazer dois anos, mas depois meus pais se separaram, então eu fiquei com o nosso ai e ele com a nossa mãe.

— era por isso que você estava tão para baixo? - perguntei o encarando.

— na verdade... - hesitou antes de falar. — eu estou a procura desse meu irmão, e acho que ele está mais perto de mim do que eu acho. - fiquei surpreso com o que disse. — mas estou pensando se realmente quero encontrá-lo, ou se ele quer me encontrar. Não sei se ele sabe sobre mim, e se não sabe, tenho medo de qual vai ser sua reação quando souber, consegue me entender? - ele finalmente me olhou e percebi lágrimas se acumular em seus olhos.

— eu consigo entender mais que qualquer um, Lino. - o abracei e comecei a fazer carinho em sua cabeça. — eu vou te ajudar, ok? - assentiu. — vou te ajudar a encontrar ele e ter uma ótima relação com ele. - Minho tem um pouco de dificuldade em demostrar, fazer amizades novas ou iniciar um novo ciclo. Sei por que não foi fácil comigo, então entendo isso melhor do que o próprio Minho. — não vejo a hora de ver meu cunhadinho. - escutei uma risada baixinha em meu ouvido. Era Minho.

Obrigado por ler até aqui anjo! ★

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