07 - A viagem até Hogwarts.

52 4 11
                                    

Harry estava tão atônito com o fato que tinha conseguido passar pela barreira que nem percebeu que estava parado que nem uma estátua.

— Não fique aí parado. — O garoto mais velho de antes, Percy, puxou Harry gentilmente para fora do caminho. O toque repentino assustou Harry, e ele se afastou do garoto mais velho mais rápido do que uma cobra poderia recuar. — ... Desculpe se eu te assustei, não era a minha intenção. Mas ficar no meio do arco fará com que a próxima pessoa bata em você de frente.

— Ah, — Harry murmurou, sentindo-se envergonhado. — Desculpe.

Percy lançou-lhe um olhar curioso antes de dar de ombros. — ... Claro. Afinal, é apenas meu trabalho como monitor. 

A fumaça do motor subia acima das cabeças da grande multidão na plataforma nove e três quartos. Os primeiros vagões do trem já estavam lotados e havia gente saindo das janelas conversando com a família e brigando por assentos. Gatos de todas as cores se enrolavam entre as pernas como se fossem os donos da plataforma, descansando nos degraus que levavam às carruagens sem nenhuma preocupação no mundo. As corujas piavam umas para as outras de maneira descontente acima do barulho do motor.

Harry empurrou seu carrinho pela plataforma, na esperança de encontrar um vagão menos lotado para passar a viagem. 

Ele passou por um menino de rosto redondo que dizia: — Vovó, perdi meu sapo de novo. 

— Ah, Neville! — a velha deu um suspiro cansado, ela vestia um casaco verde-claro, os cabelos presos em um coque e enfiados em um gorro lilás. 

Um menino negro com dreadlocks estava cercado por uma enorme multidão de estudantes, todos gritando para ele abrir a grande caixa que segurava. 

— Vá em frente, Lee, vá em frente! — A multidão gritava. O menino sorriu e obedeceu, levantando a tampa da caixa. Gritos foram ouvidos quando uma grande perna peluda, parecida com uma aranha, saiu da caixa. 

Harry avançou no meio da multidão até encontrar um compartimento vazio no final do trem. Ele colocou Edwiges, que havia acordado, murmurando um rápido pedido de desculpas por acordá-la. Respirando fundo, Harry fortaleceu sua determinação e começou a puxar e levantar a caixa em direção à porta do trem. Ele estava começando a desejar ter pedido aquele feitiço à mulher ruiva. 

Ele tentou várias vezes puxar a mala escada acima, mas sem sucesso. Duas vezes ele deixou cair no pé. 

— Você precisa de ajuda, pequenino? — Ele ouviu uma voz perguntar atrás dele.

Ele se virou e viu um dos gêmeos que ele havia seguido pela barreira.

— Sim, por favor. — Harry ofegou, grato por alguém oferecer ajuda. Ele não estava particularmente interessado em pedir ajuda, mas aceitou de bom grado.

— Você só precisava perguntar. — o gêmeo sorriu, tirando a varinha da calça jeans. — Wingardium Leviosa.

O gêmeo apontou a varinha para o tronco e sacudiu-a para cima. Com certeza, o baú começou a levitar, e usando sua varinha, o ruivo guiou-o para dentro do compartimento, enfiando-o facilmente no canto.

— Wingardium Leviosa. — Harry repetiu, tentando incorporar o feitiço em sua mente. 

— Não se preocupe. — o gêmeo sorriu gentilmente. — Você aprenderá esse feitiço em breve. Faz parte do primeiro ano. 

— Oi, George. — o outro gêmeo se aproximou, cumprimentando o irmão antes de se virar para Harry. — Olá, quem é você?

— Harry. — disse Harry enquanto tirava o cabelo suado da testa. — Harry Potter.

Amoreira Negra - Uma aventura em Hogwarts. Onde histórias criam vida. Descubra agora