𝖠𝗆𝗈𝗋 𝗉𝗋𝖺 𝖱𝖾𝖼𝗈𝗆𝖾𝖼̧𝖺𝗋 - 𝖱𝗈𝗌𝖺𝗆𝖺𝗋𝗂𝖺

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𝖭𝖺𝗋𝗋𝖺𝖽𝗈𝗋𝖺

Na noite seguinte, às 18 horas da noite, Malu estava sentada em uma cafeteria perto de sua casa, esperando por Rosamaria. A garota havia decidido chamar a jogadora para um café, com o pretexto de uma conversa.

── Desculpa a demora, estava tudo engarrafado ── Rosa se aproxima da mesa e Sofia, que antes prestava atenção em um desenho no celular da madrinha, levanta a cabeça, abrindo um sorriso ao ver a jogadora

── TITIA ── ela se levanta rapidamente, correndo até ela e abraçando suas pernas

── Oi, meu amor ── cumprimenta, pegando a criança no colo ── eu senti tanto a sua falta

── Eu também titia ── responde a abraçando com força

── Oi, Malu ── a mais velha cumprimenta se aproximando da mesa

── Oi, Rosa ── elas se abraçam rapidamente e se sentam ── senta na cadeira, Sofia

── Não ── nega se encolhendo no colo da loira, que eu

── Tá tudo bem ── diz, ajeitando a menina em seu colo

O garçom vem até elas e elas fazem o pedido, quando ele vai embora, Rosa inicia a conversa

── Até imagino o porquê de você ter me chamado aqui ── fala, fazendo carinho em Sofia

── Ótimo! Então já posso ir direto ao ponto. Eu te entendo, Rosa, de verdade. Mas eu também entendo a Bia ── diz convicta, arrancando um suspiro da outra ── é um saco quando alguém uma hora demonstra uma coisa e outra hora demonstra outra, mas tudo nessa vida tem um motivo. Você não sabe de nem um terço de tudo que a Bia já passou nessa vida, se ela tem problema de confiança não é por nada. Não tem só haver com o ex, tem com outras pessoas, mas que não cabe a mim contar.

── Eu sei, Malu. Mas porra, pra mim é uma droga isso. Eu sei o que eu quero da minha vida, eu quero ela. Eu quero estar ao lado dela, namorar e futuramente casar. Quero dividir os momentos de alegria e tristeza, compartilhar minhas vitórias e se tiver, as perdas também. Eu amo ela. Tudo que eu queria era saber se ela também me ama. E pode ser que eu esteja pedindo demais, mas eu não quero ficar nessa enrolação por muito tempo. Eu quero assumir ela, dizer que ela é só minha e eu sou só dela. É pedir muito? ── pergunta, sentindo os olhos arderem

── Não, não é. É por isso que eu te entendo. Foi por isso que eu e a Gabi brigamos, porque eu sabia o que queria e ela não. Embora a situação não seja a mesma, tem algumas semelhanças e cada uma tem seus traumas. ── Malu respira fundo, encarando Rosa com compreensão ── mas eu também sei que a Bia não vai conseguir se abrir de uma hora para outra. Eu já conversei com ela várias vezes, disse pra ela se permitir sentir e ela tenta, eu juro que já a vi tentar, mas é difícil quando se tem tantos problemas e problemas na cabeça.

Rosa não fala nada, não sabia o que dizer. Sentia que Malu estava certa, mas ao mesmo tempo sentia que também estava.

Ela ama Bia, mais do que imaginava e queria um relacionamento o mais rápido possível, porém, precisava ter paciência com ela e disso ela sempre soube. Malu estar reforçando aquilo, a fez compreender que ela de fato não sabia muito sobre a vida de Bia. Mas como poderia? Elas haviam se conhecido a menos de um mês.

── Acha que estou forçando a barra? ── sua voz era preocupada, com medo de ter a pressionado demais

── Não totalmente. Você tem todo direito de querer se envolver com uma pessoa que saiba o que quer. Mas também acredito que Bia precisa de um pouco de tempo para conseguir admitir o que ela sabe que sente ── explica, dando um pequeno sorriso ── Rosa, eu não posso falar por ela, mas sei que ela também te ama. Você conseguiu fazer por ela o que eu demorei dois anos tentando. Ela está mais confiante, relaxada, feliz, está se divertindo mais, você conseguiu levá-la para vários lugares em Paris. Ela até dançou em público.