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A música alta, as luzes piscantes e o cheiro de álcool no ar indicavam que a festa havia sido um sucesso. As pessoas dançavam, riam e conversavam como se não houvesse amanhã, e para Jisung, a noite era exatamente o que ele precisava. Ele havia passado as últimas semanas imerso em estudos e responsabilidades, então essa festa parecia o escape perfeito. Embora ele não fosse do tipo que gostava de multidões, algo naquela noite o deixava à vontade.

Já passava das duas da manhã quando os primeiros sinais de cansaço começaram a aparecer no grupo de amigos. Jisung estava sentado no sofá, observando o restante da festa. O lugar já começava a esvaziar; algumas pessoas dormiam em cantos escuros da sala, enquanto outras procuravam por seus sapatos e jaquetas, prontas para ir embora.

— Ei, Jisung, já tá pronto pra ir? — perguntou Minho, um de seus amigos mais próximos, enquanto se aproximava com as chaves do carro na mão. Seus olhos estavam vermelhos de tanto dançar, mas sua energia parecia interminável.

Jisung sorriu de leve e assentiu.

— Sim, acho que já deu por hoje — disse, levantando-se e sentindo as pernas um pouco bambas depois de tanto tempo sentado. Ele olhou ao redor uma última vez, certificando-se de que não havia deixado nada para trás. Pegou seu celular e enfiou-o no bolso.

O grupo se reuniu do lado de fora da casa. O vento noturno era fresco e cortante, contrastando com o calor abafado que dominava a festa. Jisung respirou fundo, sentindo o alívio do ar puro, enquanto Minho e outros amigos tentavam se organizar no carro. O veículo era pequeno, um hatchback velho e desgastado, mas tinha sido o salvador de incontáveis noites como aquela.

— Vamos lá, pessoal. Todos prontos? — Minho perguntou, olhando para os amigos e contando mentalmente quantas pessoas estavam ali. Jisung, Chan, Felix e Hyunjin. O carro mal cabia cinco pessoas, mas eles sempre conseguiam se ajeitar, mesmo que desconfortavelmente.

— Sim! — respondeu o grupo em uníssono, rindo das suas próprias tentativas de organização.

Eles entraram no carro, Jisung ficou no banco de trás, espremido entre Hyunjin e Chan, enquanto Minho e Felix tomavam os bancos da frente. Minho ligou o motor, que roncou preguiçosamente antes de pegar de vez, e logo eles estavam nas ruas escuras da cidade, rumando para casa.

O caminho estava silencioso, diferente da energia que havia dominado a festa. As ruas estavam quase desertas, exceto por alguns carros que passavam rapidamente ou estacionavam nas calçadas de casas adormecidas. Jisung olhava pela janela, os pensamentos divagando sobre tudo o que tinha acontecido nas últimas horas. Não havia nada de extraordinário naquela festa, mas a sensação de estar cercado por seus amigos o fazia sentir-se mais leve, como se todas as preocupações tivessem ficado para trás, pelo menos por uma noite.

Ele olhou para Chan ao seu lado, que tinha a cabeça encostada no vidro da janela, os olhos semicerrados, claramente lutando contra o sono. Hyunjin, ao seu outro lado, estava mexendo no celular, rindo de alguma piada que havia recebido em um grupo de mensagens.

— Está tudo bem, Jisung? — perguntou Felix do banco da frente, olhando para ele pelo retrovisor. A voz de Felix sempre tinha aquele tom reconfortante e calmo.

Jisung ergueu o olhar e deu um sorriso cansado.

— Sim, só estou... pensativo, eu acho — respondeu, sem muita convicção.

Felix apenas assentiu, respeitando o silêncio do amigo.

Minho dirigia calmamente pelas ruas cada vez mais desertas. Eles passaram por um parque iluminado apenas por alguns postes de luz, onde Jisung podia ver os balanços balançando ao vento, como se algum fantasma invisível os estivesse empurrando. A cidade, que sempre parecia tão cheia de vida durante o dia, agora parecia desolada, como se estivesse esperando pacientemente pelo nascer do sol para se animar novamente.

No time to die (Minsung AU)Onde histórias criam vida. Descubra agora