A fantasia

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Era trade quase noite, acordei atordoado naquele ponto de ônibus, percebi um galo na minha cabeça e no meu bolso um papel, abri ele e dizia

"Sorry gatinho, empurrei  você muito forte 🫦"

  Me lembro do "vai Luana amiga" que me deram ontem e percebi que desmaiei e aquele sem futuro me jogou nesse ponto de ônibus, mas pelo menos ele me deu um emprego. Nesse momento me lembro do numero que ele me deu e ligo

— Hello bixa, quem fala? —escuto uma voz fina mas ao mesmo tempo consistente falar.

— oi, aqui quem fala e o mascote que você contratou ontem. Você esqueceu de falar onde que Djabo é o endereço

— valha menino sorry, o endereço é Rua das putas 666 número 33

— beleza, tô indo mais cedo aí já que não tenho nada pra fazer

— tá bom, não demora tá bem? — fala ele com uma voz sugestiva mas ao mesmo tempo doce.

— vailha — falo desligando o celular.

  Começo a andar até o endereço, no caminho lembro daquele canalha de Jojo que pegou minha irmã emprestada semana passada e ainda não devolveu aquela putinha, ela é uma sebosa mas ainda e minha irmã, ela vai voltar de cadeira de roda de tanto dar para ele —penso.

  Finalmente chego no endereço que o homem que ainda não sei o nome me disse. O lugar é bem grande parece um cabaré, entro dentro e tenho a certeza, é uma cabaré, eu estou trabalhando num cabaré puta que pariu.

Arthur ponto de vista:

  Vejo o pequeno homem de olhos escuros e caboclo ondulado entrando no meu cabaré abismado, chego perto dele tocando seu ombro

— oii Breninho, gostou do lugar? — falo sorrindo simpático.

— aí prikito de novo isso? — ele fala se virando revirando os olhos e eu rio fraco.

— calma, e aí você gostou do lugar? — falo com espectativas

— é né, já assinei a porra do contrato — fala ele com cara de cu.

— poisé bem, está pronto para o trabalho? — falo sorrindo.

— não, mas bora né fazer o que

— vamos, vou te levar para se trocar— falo entregado uma sacola com sua fantasia, mal sabe o que o aguarda lá dentro

Breno ponto  de vista:

  Entro do vestuário com medo do que pode ter naquela sacola, a única coisa que penso é no meu celular, tiro a fantasia ainda com os olhos fechados, abro meus olhos lentamente e fico mais vermelho do que a cabeça da minha amiga Sofia, era uma fantasia de coelhinho.... Eu vou me matar

Kabare's in love: Tudo por um celular Onde histórias criam vida. Descubra agora