velhas amizades nunca se perdem

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Breno ponto de vista:

Me olho mais uma vez no espelho, aquela roupa ridícula colada em mim marcando minhas curvs, aquelas orelhas e o pompom atrás... A única coisa que penso é se vale a pena. Lembro que tenho que pagar 700 parcelas do meu celular então respiro fundo

- é só por um tempo porra, prikito, cu, bosta, mijo - falo respirando fundo me olhando uma última vez antes de sair da cabine.

Assim que saio posso sentir o olhar de Arthur sobre mim, ele simplesmente está me secando com os olhos, posso estra louco mas vi ele lamber o lábio enquanto olhava para aquela maldita fantasia colada.

- meus Deus veyr, você tá um gatinho - sorri se aproximando de mim e chegando perto do meu ouvido- Ou melhor... Um coelhinho - fala dando uma risada nasal e se afasta de mim - vá se preparar atrás do palco, lá você vai procurar um marginalzinho cacheado - fala ele dando uma piscada para mim antes de sair.

Não falo nada apenas respiro fundo e penso que poderia estar pior. Saio e vou direto para detrás da cortina no palco do cabaré, lá eu vejo algumas pessoas se arrumando. Curiando mais vejo um rosto familiar que logo me reconhece e vem até mim com um sorriso

- Bruno?! Tu tá fazendo o que aqui porra - fala meu amigo Igor olhando para mim e começa a se tremer de tanto rir.

- aí porra mentira - falo ficando vermelho e começo a rir de nervoso - o que VOCÊ tá fazendo aqui

- caralho tu tá muito estranho com essa roupa - e o garoto branco de cabelos cacheados começa a se recompor e para de tremer- vei porque tu tá aqui, e vestido assim?

- preciso pagar meu celular né?! Ana Maria começou a dar o cu pra Deus e o mundo pra me ajudar mas ela já tá toda arrombada, literalmente. - falo cruzando os braços olhando para meu amigo.

- porra eu disse pra não parcelar em 700 vezes, mas tá bom. Respondendo sua pergunta, eu tô aqui porque sou o acessor de Quelianne, a dona do cabaré.

- oxe, mas como assim? O dono não é o viado? - falo confuso me referindo a Arthur

- nam menino deixa de ser leso, o viado é o sócio, ele tinha muito dinheiro daí Quelianne deu um golpe nele, rapou o dinheiro e agora eles são sócios, não sei como. - explica o cacheado.

- aahhhh agora tá explicado

- enfim, já sei que tu entrou numa grande e arrombada vaga de emprego viu - da uma risada apontando o dedo na minha cara.

- para doido é sério, já tô querendo me matar aqui - falo me sentando numa cadeira que estava ao lado porque sou um sedentário.

- relaxe, vou te ajudar meu fi - fala ele pegando um panfletoe me entregando.

Observo o panfleto e vejo a foto de uma mulher muito bonita de cabelos cacheados, alta e olhar risonho, logo reconheço ela da minha época de escola

- caralho isso é Tatizão? - pergunto perplexo olhando para Igro.

- ela mesma, a prikita torta, uma das maiores cantoras de cabaré do Brazil - fala o cacheado.

Kabare's in love: Tudo por um celular Onde histórias criam vida. Descubra agora