A sensação abafada da sala por causa da chuva era Sufocante sem brincadeira .Talvez o nervosismo ajudava mais clima já que minha chefe não parava de andar nervosa de um lado para outro , motivo ? Estamos sem modelos disponíveis para assinar o novo contrato milionário que tem nessa mesa .
- pode ser você - ela me olha
-oi ? -soltei uma risada tímida - desculpa Paula mais eu não sou paga para isso.
- E quem disse que eu perguntei sua opinião é isso ou você já pode assinar sua carta de demissão a escolha é sua - ela fala me olhando com o semblante de bruxa que ela sempre faz
- eu tenho uma filho Paula não tenho ajuda financeira eu preciso desse emprego , Por favor tenha empatia - olho para ela desesperada .
- então aceita minha proposta pense comigo você só tem a ganhar com isso Gabrielle e um contrato milionário com um jogador que tem uma boa fama-Meu coração acelera, e sinto uma mistura de desespero e raiva queimando dentro de mim. O olhar frio de Paula atravessa minha alma, e eu sei que ela não tem a menor intenção de ceder.
- "Eu não tenho escolha, tenho?" - minha voz sai quase num sussurro, derrotada. "Preciso pensar na meu filho, mas isso... isso é chantagem, Paula."
Ela sorri, um sorriso que não chega aos olhos.
- "Chame do que quiser, Gabrielle. Eu chamo de oportunidade. E, sinceramente, eu não estou te pedindo nada além de aceitar uma oferta que muitos matariam para ter."
Respiro fundo, tentando manter a calma. Eu olho para o contrato à minha frente, lembrando-me das promessas que fiz a mim mesma. Mas também sei que, sem esse emprego, não há como sustentar minha filha sozinha.
- "E se eu aceitar... o que acontece depois?" - pergunto, com medo da resposta.
Paula levanta uma sobrancelha.
- "Depois?" - ela ri levemente. "Depois, você trabalha duro, ganha dinheiro, e todos saem ganhando. Mas, se recusar... bem, você sabe o que te espera."
Olho para ela por mais alguns segundos antes de pegar a caneta hesitante. Minhas mãos tremem levemente, mas não vejo outra saída. Assino o papel, sentindo como se estivesse vendendo uma parte de mim.
Assim que a caneta toca o papel, um peso enorme cai sobre meus ombros. Assino meu nome com a mão trêmula, mas firme o suficiente para concluir o que comecei. Paula observa cada movimento, satisfeita, como uma predadora que acabou de capturar sua presa.
- "Muito bem, Gabrielle. Vejo que você sabe fazer as escolhas certas." - Ela pega o contrato e o coloca em sua pasta com um sorriso de vitória. - "Agora, vamos em frente. Eu entrarei em contato com os detalhes do próximo passo."
Ela se levanta da cadeira com uma confiança que me faz sentir menor do que nunca. Fico ali, sentada, tentando processar o que acabei de fazer. O escritório parece sufocante de repente, como se o ar tivesse se tornado mais pesado. Tudo que fiz foi para proteger meu filho, mas algo dentro de mim grita que paguei um preço alto demais.
Levanto-me devagar, tentando recompor minha postura. Assim que Paula sai da sala, meu telefone vibra. É uma mensagem de áudio de Paula, algo que parece ter sido gravado rapidamente, sem muita preocupação com formalidades.
- "Gabrielle, não se esqueça de que sua próxima tarefa envolve o jogador famoso, como conversamos. Você vai lidar diretamente com ele, então espero que faça o necessário para garantir que ele assine o contrato milionário. Não me decepcione."
A voz dela soa como um eco na minha mente. O que exatamente "fazer o necessário" significava para Paula? Minhas mãos suam enquanto penso no que vem pela frente. Lidar com um jogador famoso não era o que eu esperava quando aceitei este trabalho, mas agora estou envolvida até o pescoço. Não posso voltar atrás.
Minutos depois, ainda sentada no escritório vazio, meu telefone vibra novamente. Desta vez, é uma ligação. O nome na tela é de uma pessoa que eu não conheço: Rafael Albuquerque. Respiro fundo antes de atender.
- "Alô?" - minha voz sai mais fraca do que eu gostaria.
- "Gabrielle?" - a voz masculina é suave, porém firme. - "Aqui é Rafael Albuquerque. Estou ciente de que você será responsável pelas negociações com o meu cliente. Podemos marcar uma reunião para alinhar os detalhes?"
Minha mente corre. Esse é o agente do jogador. Parece amigável, mas algo me diz que não será tão simples quanto Paula quer me fazer acreditar. Tento soar confiante.
- "Sim, claro. Podemos marcar para amanhã pela manhã?"
- "Perfeito. Nos encontramos às 10h no escritório do clube. Até lá, Gabrielle."
A chamada termina e eu fico encarando o telefone por mais alguns segundos, tentando processar tudo. Agora não tem mais volta. Eu aceitei o jogo, e Paula espera que eu jogue conforme as regras dela.
Mas... e se eu encontrar uma maneira de virar o jogo a meu favor?
A ideia de virar o jogo passa rapidamente pela minha mente, mas logo desaparece quando penso nas consequências. Paula é perigosa, e se ela já me encurralou uma vez, pode fazer pior. Além disso, tenho que proteger meu filho , e esse contrato é o que mantém nossa estabilidade, por mais frágil que seja.
Chego em casa mais tarde naquela noite, exausta, mentalmente desgastada. Paula não sai da minha cabeça, nem o tal jogador com quem terei que negociar. Enquanto preparo um jantar simples para mim e meu filho, Joshua , de 5 anos, brinca alegremente com seus brinquedos na sala, alheio às preocupações da mãe.
- "Mamãe, você vai ficar em casa amanhã?" - ele pergunta, com os olhos brilhando de esperança.
- "Não, meu amor. Amanhã a mamãe tem uma reunião importante no trabalho, mas vou estar de volta antes do jantar, prometo."
Seus olhos abaixam por um segundo, mas logo ele sorri de novo. - "Tudo bem! Vou brincar com a tia Clara."
A inocência dele é como um bálsamo para o meu coração cansado. Dou-lhe um beijo na testa e tento focar em algo positivo, mas a imagem de Paula — a , minha chefe implacável — não me deixa em paz.
***
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Addiction. Raphael Veiga
FanfictionRaphael Veiga, astro do futebol e adorado pelos torcedores do "Palestra Verde", sempre foi sinônimo de talento e determinação dentro de campo. No entanto, sua vida pessoal estava longe de ser perfeita. Após o rompimento inesperado de seu noivado, um...