As crônicas de Merlin

Capítulo 1

''Nos momentos mais sombrios e brutais da humanidade, um único ser é o escolhido para acabar com todo o mal e nos livrar de todas as ameaças, sua alma não será contida por leis humanas, mágicas e nem espirituais. Este ser carrega o nome de Merlin, o salvador do mundo mágico e aquele que vencerá o apocalipse''. (Profetas antigos).

Ox era um garoto com lindos cabelos curtos e loiros, sua pele era a mais pálida que alguém poderia ter, neste momento este se encontrava com seu pai as margens de uma cachoeira para pescar e aproveitar o dia ensolarado. Ox havia tirado sua camisa e mergulhado no pequeno rio, para pegar e admirar os peixes, enquanto seu pai ficou as margens, sentado, o mesmo com sua vara de pesca aguardava calmamente algum movimento súbito para que possa puxar. Emergindo, Ox carregava 3 peixes em suas mãos e os colocava num cesto ao lado de seu pai. ''Como raios você consegue pescar com as mãos nuas?'' perguntou seu pai abismado, ''apenas acho mais fácil, além disso a vara de pesca que o senhor fez pra mim quebrou denovo, acho que você não balanceou o peso dela direito'' responde Ox, dando de ombros e se preparando para mergulhar de novo.

''Espere ai mocinho! Aquela vara de pesca é mais resistente que eu fiz em anos, mais resistente até da que o seu avô usava, revesti ela com as mais refinadas cordas de aço de pesca e as cobri com o mais pesado e resistente metal de anão, aaaah...não faz ideia de como foi caro'' responde seu pai fazendo uma cara triste, mas logo percebe que Ox havia mergulhado de novo e exclama ''pirralho!''.

O pai de Ox, em um movimento reflexo, olha para cima e percebe que grandes quantidades de nuvens carregadas estão vindo em sua direção, e assim que seu filho emerge com mais peixes nas mãos o diz ''Ox, vamos embora, vai vir uma grande chuva, entre na carroça rápido''. Ox rapidamente coloca os peixes no cesto e o leva em direção a carroça, quando ambos estão preparados para sair, Ox exclama ''droga! Eu esqueci a minha vara quebrada de pesca'' e salta rapidamente da carroça em direção a cachoeira, quando o seu pai lhe diz ''moleque, onde você colocou aquilo?'' e Ox aponta para o topo da cachoeira dando o sorriso bem impertinente, e é retribuído pelo seu pai gritando ''como e por que você colocou a vara de pesca lá, ficou maluco? É por isso que ela quebrou!''.

Neste momento a chuva começa a desabar, muito mais forte do que o de costume, Ox rapidamente começa a escalar cachoeira em direção ao topo, e seu pai fica perto das margens o olhando com muito receio e gritando sem parar ''cuidado''. Enquanto é respondido pelo bem humorado Ox ''relaxa! Eu estou quase no topo''. Os barulhos dos raios começam a ficar cada vez mais fortes e próximos, quando Ox grita para seu pai ''eu subi, pronto!'' então vai em direção a vara de pesca quabrada e a sacode, mostrando-a.

Seu pai então grita ''agora desce com cuidado, não está vendo como a chuva ficou forte?'' Ox então gargalha de forma exagerada, enquanto balança a vara de pesca mais alto exclamando ''eu não tenho medo, seu velho''. Mas, de repente um grande feixe amarelo atinge Ox no topo da cachoeira de forma abrupta, fazendo-o desmaiar instantaneamente.

Abrindo os olhos, Ox se vê flutuando entre os picos mais altos de montanhas que não pareciam convergir á um solo e ao redor de seu corpo haviam diversas Flores de Lótus, que também flutuavam no ar. Ao levantar-se, o garoto olhou ao seu redor e notou que as raizes das flores passavam por de baixo de seus pés, num movimento parecido com uma corrente d'gua. Foi quando percebeu que todas as raizes convergiam para uma imensa arvore de ponta cabeça flutuando no ar. Ox correu em sua direção, permeado por um desejo instintivo, portanto incerto, quando ouviu uma voz tenebrosa e estrondosa de longe exclamar com malicia ''ele não vai conseguir, ele não conseguir, ele não vai conseguir, ele não vai consegui...''. A voz continuou a perpetoar sua maligna frase enquanto Ox observava as folhas da arvore cair enquanto toda a luz do local se acabava e se tranformava numa intensa noite.

Ox olhou ao redor, procurando a origem da voz, guiado apenas pela fraca luz do luar que ali se mantinha. Derrepente, a voz volta a entoar sua frase, mas parecia que sua origem estava bem atrás de Ox, quando o mesmo se vira rapidamente, é surpreendido por uma face amarela sem expressão nenhuma, olhando fixamente em seus olhos enquanto prepara um soco devastador em sua direção. Ox é atinjido e perfurado na barriga pelo misterioso ser que, com a tremanda força de seu soco, fez Ox voar e atingir a extremidade de uma montanha, ficando cravado na mesma agonizando e sangrando.

(Nota do Autor: espero continuar a história em breve, obrigado a todos que leram até aqui! Esta é minha primeira história então peço um pouco de paciência).