O mundo é impuro, corrupto. E nós, que habitamos nele, somos os vestígios que sobrou de toda incompetência. Aqui conhecerão a vida de estudantes de classe média, lutando para sobreviver nesse mundo, e se habituando a ele.
Qual o preço que devemos...
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— SAN DIEGO, CALIFÓRNIA. Segunda-feira, 02/11/2023
Acordo com meu despertador no volume máximo, eu não poderia perder a hora, então me acordei às quatro da madrugada para estar em liberty às cinco. Tomo um banho rápido, visto uma camisa comum e um moletom por cima, calça jeans e tênis. Eu queria quebrar tudo o que via pela frente, mas não tenho grana para pagar a porra da maconha, imagina meus móveis.
Sempre que preciso sair escondido a minha janela é minha salvação, para não fazer barulho na sala eu saio pela janela já com minha mochila, celular e tudo. Para chegar em liberty precisei pegar ônibus, demorou um pouco e isso vai me fazer atrasar, fiquei escutando música no fone até chegar em liberty e fui correndo para os fundos do colégio. Vejo que a porta do banheiro destruído está meio aberta e fui andando com receio até lá,ao entrar dou passos curtos para não fazer tanto barulho, mas então eu decidi falar.
Anika: Kaulitz — minha voz baixa e cheia de medo ecoa pelo banheiro, porém, fui surpreendida pela voz que vinha de trás de mim.
Tom: cinco e dez, se atrasou — eu me viro vendo o quão perto ele estava, sua fisionomia alta me fazia olhar para cima para olhar bem seu rosto irritado.
Anika: foram só dez minutos, meu ônibus atrasou — ele adentra mais o local abandonado e põe sua mochila em um dos bancos velhos que fica ali — mas então, o que quer comigo?
Tom: tenho um trabalho para você — eu o olho com a sobrancelha arqueada.
Anika: trabalho? — Tom abre a bolsa e vejo o quanto de drogas tinha ali, um quilo de maconha e até êxtase e pó.
Tom: preciso de alguém como você para fazer umas entregas comigo, pode se dizer que meu nome já não é mais tão bem recebido nos lugares onde preciso estar.
Anika: e quer que eu faça isso? — meu tom indignado mostrava meu descontentamento.
Tom: você me deve, então vai ter que me pagar dessa forma.
Anika: por que não acha outra idiota para enganar? Isso não vai rolar comigo — eu dou meia volta para sair daquele lugar, mas meus braços foram segurados brutalmente me fazendo ficar no mesmo lugar que estava. Ele me virou e aproximou seu rosto do meu.
Tom: não duvide do que eu posso fazer, Bazzoly. Você está tão fodida quanto eu, estará em minhas mãos até me pagar essa dívida, nem que seja com seu próprio sangue.
