𝐐𝐔𝐀𝐋𝐐𝐔𝐄𝐑 𝐂𝐎𝐍𝐓𝐀𝐓𝐎 - pejão

19.

Pov: João Vitor.
São Paulo.

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Eu estava no sofá do quarto tremendo, e eu não queria chorar. Eu não gosto de chorar na frente das pessoas, só com o Pedro que eu me abria, eu havia feito uma merda gigante e não sei se iria concertar isso tão cedo, mas de todo jeito eu tinha que tentar. Nós dois somos orgulhosos, isso é péssimo. Eu e Pedro tratavamos a dor um do outro como se estivesse tudo bem.

ALGUNS DIAS ATRÁS.

— Meu amor, eu tô aqui calma tá bom? – Pedro me acalmava.

— Eu te amo muito. – Eu disse sentindo Pedro secar minhas lágrimas.

— Eu tô aqui pra o que precisar.

HOJE

Qual era a porra do meu problema? Por que eu pensei que isso ia ser normal? Agora eu estou no sofá que nem um idiota, enquanto Renan havia saído.

Escuto batidas em minha porta e levantei rapidamente achando que era Pedro, destranquei e era Giovanna.

— O QUE VOCÊ FEZ? – ela disse entrando e fechando a porta.

— Eu..

— João Vitor. Me fala o que você fez. – Ela disse se acalmando e sentando no sofá.

— Então, estávamos fazendo verdade ou desafio, a Lara me desafiou a beijar ela, eu achava que ela era amiga do Pedro bem próxima, e por isso achei que não teria problema, mas Pedro não era amigo dela. Basicamente. – Eu explicava olhando pro chão.

— João Vitor, você não tinha que beijar ela de qualquer jeito, é óbvio.

— Eu achei que eles eram tipo irmãos de consideração Giovanna! – Eu disse com lágrima nos olhos.

— Dessa vez não tem nem como te defender João, mas eu sou sua prima e melhor amiga. Vem cá.

Giovanna me deu um abraço me dando liberdade para botar tudo pra fora, chorei igual uma criança de 5 anos em seu ombro, lembrando de tudo que havíamos passado e eu estraguei como sempre faço. E acabei dormindo de tanto chorar.

Acordei com Giovanna arrumando nossas malas.

Me levantei rápido, arrumei meu cabelo e fui até a porta com Giovanna, deixamos o carro para Pedro e fomos de táxi. Rapidamente chegamos no aeroporto e fomos embora. Claro antes Giovanna avisou Malu e Pedro.

No avião eu sentia novamente vontade de chorar, tudo por causa de uma mulher.

POV:PEDRO TÓFANI.

Acordei com a notícia que João havia ido embora, mesmo com tudo isso acho que eu sentia saudades dele. Era com ele que eu me sentia em casa e saber disso era como meu mundo estivesse desabando. Saber que no fundo eu tinha um pouco de dependência nele.

E saber que Lara mudaria pro Brasil amanhã é pior ainda, saber que ela vai fazer de minha vida um inferno, o que já era.

— Pê? – Malu me tirou do transe.

— Oi mah?

— Tá tudo bem mesmo?

— Uhum.

— João falou que eu, Renan e você vamos embora com o carro que ele tava. Então não precisamos preocupar com isso.

— Tá bom.

Depois de Renan chegar fomos embora, a rua estava vazia molhada de chuva, incrivelmente, de madrugada havia chovido.

Entrei no carro e encostei a cabeça no vidro, com meus fones. Eu estava péssimo, destruído por dentro, mas se eu esquecer dele quem vai lembrar de nós? Tudo isso por que eu gostei de um garoto, quem diria.

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Palavras:544