Elizabeth Sants ( Elly) vê o seu mundo mudar após conseguir uma bolsa em uma das renomadas escolas de Rivermist: O Colégio Elden Oak, um lugar onde as aparências e o dinheiro são tudo.
Elly uma garota doce e sonhadora que sempre está disposta a ver...
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A casa de Roger parecia muito maior do que nas fotos que minha mãe tinha mostrado. O jardim bem cuidado, com flores vivas nas laterais do caminho, dava uma sensação de acolhimento, mas eu não conseguia afastar o nó no meu estômago. Ainda estava surpresa com a cidade, não foi muito como eu esperava mas darei conta, tudo pela mamãe. Aqui seria o nosso novo lar. Uma chance de recomeçar para a mamãe, e, para mim, alcançar meus sonhos e vê-la mais feliz.
— Você está bem? — minha mãe perguntou, a voz suave, enquanto tirava as chaves da bolsa.
— Acho que sim. Só... ainda me acostumando com a ideia — respondi, olhando a grande porta azul à nossa frente.
Ela sorriu, me dando um leve abraço de lado. Eu sabia que ela estava feliz, por isso, eu também estava.
Antes que ela pudesse tocar a campainha, um barulho abafado veio de dentro da casa, algo entre um baque e passos rápidos. Minha mãe e eu trocamos um olhar confuso, e ela, hesitante, girou a maçaneta da porta.
Ao empurrar a porta, fomos recebidas por uma visão caótica. O que deveria ser uma sala de estar bem arrumada parecia um cenário de destruição. Papéis rasgados cobriam o chão, almofadas estavam espalhadas de qualquer jeito, e no centro de tudo, Roger corria atrás de um pequeno cachorro, que corria alegremente com uma pantufa na boca.
Assim que nos viu, Roger parou de repente, claramente pego de surpresa, ainda com as mãos estendidas para o cachorro.
— Oi... Eu, ah, vocês chegaram! — ele disse, ofegante, tentando controlar o riso enquanto observava a bagunça que o cercava.
Minha mãe tapou a boca com a mão, lutando para não rir também. E eu estava quase a acompanhando.
— Bem, vejo que vocês já conheceram o caos — disse Roger, agora tentando acalmar o filhote. — Na verdade, eu estava tentando organizar uma surpresa...
Minha mãe olhou para ele com curiosidade, enquanto eu ainda tentava segurar o riso, observando o filhote correr feliz pela sala, sem se importar com a bagunça.
— Surpresa? — perguntei, sem conseguir evitar o tom de dúvida.
Roger deu um meio sorriso e, abaixando-se, finalmente pegou o cachorrinho, que ainda segurava a pantufa na boca.
— Bem, eu não planejei que fosse assim, mas... — Ele caminhou até mim, ainda segurando o cachorro. — Este pequeno bagunceiro é seu. Eu ia apresentá-lo de um jeito mais... calmo.
Meus olhos se arregalaram. Um presente para mim? O cachorro olhou diretamente para mim, balançando o rabo com entusiasmo. Eu me abaixei lentamente e estendi a mão, deixando-o cheirar meus dedos antes de tocá-lo.
— Meu? — perguntei, ainda sem acreditar. Ele assentiu, com um sorriso gentil no rosto.
— Sim, sua mãe me disse o quanto gostava de animais. Então, eu esperava que uma boa companhia ajudasse com a mudança, mas acho que esse pequeno bagunceiro pode ser uma má influência — diz ele, soltando um gargalhada enquanto olhava o filhote.
