Capítulo 5 🐬

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-- Por favor

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-- Por favor. Eu estou pedindo, irmão. - Seus olhos marejados, me fazia me sentir entranha, uma sensação de familiaridade e querer o abraçar me preenchiam.

Tristeza

Medo

Confusão

E um pouco de alegria

É o que preenchia esse homem, o que meu pai estava completamente sendo o oposto, mas de um jeito negativo. Mais ainda, como a qualquer momento fosse ir para cima do homem a sua frente.

Raiva, muita raiva...

Desprezo

Zombaria

E saudade, um pouco, mas estava lá.

-- Deixe ela ver ele.... Ele não aguenta mais nem nadar. - Se aproxima tentando tocar meu pai, mas o mesmo se afasta de seu toque. - Por favor. - Pede novamente.

Meu pai se aproxima do seu rosto, vejo maldade, mesmo nem vendo seus olhos. Seu sorriso de lado me faz me arrepiar.

-- Eu quero que ele se dane. - Sua voz fria atinge o homem, que deixa uma lagrima cair. - Eu quero é mais que o mesmo sinta dor, até mesmo em sua alma. Que se dissolva aos poucos. - Se afasta. - Vai embora, não o quero no meu território. - Dá as costas, vindo até mim e para em minha frente, pegando em meu braço sem força e sai me arrastando para casa de minha mãe.

Olho para trás e o moço ainda me encarava, via que estava pedindo ajuda pelo olhar, mas o que estava querendo, eu não sabia o que.

-- Marcio? - Mamãe o chama, mas ele nada diz.

Ao entrar em casa, me sento no sofá olhando para o nada, querendo saber o que foi aqui. Olho para o meu pai e o mesmo andava de um lado para o outro, sentindo ficar mais e mais irritado, chegando ao ponto de começar a me sufocar de um jeito estranho, é como se fosse uma aura dominante.

-- Amor, se acalme. - Pede e noto seu olhar de canto para mim. - Marcio, se acalme. - Dessa vez manda.

-- Como? COMO QUER QUE EU ME ACALME?! - Grita e solto um resmungo de dor, colocando a mão em cima do peito. - Me... Me desculpe. Me perdoe, meu amor. - Pede ainda afastado dela.

O fato de não pedir desculpa, é só comigo mesmo.

-- Amor, você precisa se acalmar. - Toca em seu rosto, levanto até ela e a mesma me olha de canto. - Você precisa. - Sussurra e ele me olha, vendo que estava ofegante e com a mão no peito.

Novamente vejo seus olhos em um azul intenso, indo voltando ao normal lentamente, assim como suas emoções iam abaixando, como a minha dor e falta de ar. Minha mãe se afasta dele e se senta ao meu lado.

-- Tudo bem, querida? - Pergunta passando a mão no meu cabelo.

-- O que foi isso? - Ele fica quieto. Ele sabe que perguntei a ele, mas como sempre, ele nunca responde.

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