Está Selado

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Após dias de preparo, Aria recebeu uma missão importante: visitar o Templo do Amor sozinha para resolver questões diplomáticas entre os templos. Embora Lucian não pudesse acompanhá-la por completo, ele a guiou até os limites do templo. O deus que regia aquele lugar era Afroditio, conhecido por sua beleza estonteante, mas também por sua personalidade apaixonada e... volátil.

"Lembre-se, Aria," disse Lucian, em tom sério antes de se despedir. "Esse é um templo poderoso, mas fique atenta. Resolva as pendências com calma e evite problemas."

Aria assentiu, confiante, embora seu coração batesse mais rápido do que de costume. "Fica tranquilo! Vou ficar bem."

Ela adentrou os domínios do Templo do Amor, fascinada pela beleza deslumbrante do local. O ar estava repleto de fragrâncias suaves, e as flores floresciam em cada canto. No centro do templo, estava Afroditio, o deus do amor, cuja aparência arrebatadora fez Aria se surpreender por um momento. Seus olhos cintilavam de maneira intensa quando pousaram sobre ela.

"Você deve ser Aria, a nova deusa," disse ele, com um sorriso encantador. "Bem-vinda!"

Aria, tentando se manter firme, retribuiu o sorriso educadamente. "Estou aqui para resolver as pendências entre nossos templos, como foi solicitado."

A negociação correu bem, e Aria achava que sua missão estava concluída quando Afroditio a convidou para seus aposentos, insinuando segundas intenções. Aria, desconfortável, recusou com firmeza.

"Não, agradeço. Meu dever aqui acabou," ela disse, dando um passo para trás.

Mas Afroditio, envolvido pela atração que sentia por ela, insistiu, aproximando-se de maneira predatória.

"Não seja tola, Aria. Você está em meu templo, sob minha proteção. Venha... não irá se arrepender."

Aria começou a recuar, sentindo-se cada vez mais ameaçada. Seu coração acelerou quando ele agarrou seu braço. "Me solta! Eu não quero!", ela gritou, tentando se livrar do aperto.

Lucian, no entanto, a quilômetros de distância, sentiu uma perturbação profunda em sua conexão com Aria. Uma onda de inquietação e fúria o percorreu. Algo estava errado. "Aria...", murmurou ele, o instinto gritando para que voltasse.

De repente, Aria grita novamente. Sua voz desesperada ressoou na mente de Lucian como um trovão. Ele não hesitou um segundo.

Lucian, guiado por uma força invisível e impulsionado pelo desejo de protegê-la, arrebentou pelas barreiras do templo. Derrubando qualquer obstáculo em seu caminho, ele invadiu os aposentos de Afroditio e o encontrou por cima de Aria a forçando para seus caprichos. O olhar de terror nos olhos dela despertou em Lucian uma raiva imensurável.

"Afroditio, solte-a. AGORA!" Lucian rugiu, com seus olhos brilhando de ira. Quando Afroditio não recuou, Lucian o empurrou com toda sua força, derrubando o deus do amor no chão com um estrondo.

Ele puxou Aria para seus braços, os olhos dela ainda cheios de lágrimas, enquanto o corpo dela tremia.

"Lucian...", ela sussurrou, ainda assustada.

"Te disse para ficar atenta," ele disse, a voz grave, mas cheia de alívio por tê-la resgatado.

Mas Lucian, ao forçar sua presença no templo e usar sua força para salvar Aria sem o pacto formal, começou a sentir as consequências. Seu corpo começou a enfraquecer rapidamente, a vitalidade escapando dele como areia entre os dedos.

De volta ao templo, Lucian caiu de joelhos, mal conseguindo se sustentar. "Droga...", ele sussurrou, lutando contra o desmaio iminente. "Eu... não vou conseguir..."

Aria, ao vê-lo desmoronar, sentiu o pânico crescer dentro de si. Ela sabia o que precisava ser feito.

"Lucian! Não... por favor!" Sua voz era um sussurro urgente enquanto ela se ajoelhava ao lado dele. "Eu não quero te perd-..."

Sem hesitar mais, Aria inclinou-se e selou seus lábios aos de Lucian, um beijo longo e cheio de desespero. O pacto entre eles foi feito naquele instante, o poder divino fluindo entre eles, selando suas almas de forma definitiva.

Lucian sentiu o calor do pacto preenchê-lo, restaurando suas forças. Ele abriu os olhos, sentindo sua energia se estabilizar, mas algo havia mudado. Seus cabelos, que antes eram negros, começaram a clarear, tornando-se brancos como a neve. Ele estava diferente, mas agora oficialmente o guardião de Aria, vinculado a ela para sempre.

Quando ele a olhou nos olhos, Aria fez seu primeiro pedido como deusa.

"Minha primeira ordem...", ela disse suavemente, segurando a mão dele. "Você vai ficar comigo. Não me abandona, Lucian, por favor."

Lucian, ainda se recuperando, sorriu levemente. "Você acha que eu iria te deixar, humana tola?", ele murmurou, deitando a cabeça ao lado dela. "Agora... parece que estou preso a você, gostando ou não."

As servas, que haviam testemunhado o pacto sendo selado, se entreolharam, sussurrando entre si.

"Está feito," uma delas murmurou. "Agora ele a pertence de corpo e alma."

"E ela a ele," completou a outra.

Finalmente, Aria tinha seu guardião formalmente, alguém que, a partir de agora, estaria ao seu lado para protegê-la e cuidar dela. E, mesmo que Lucian relutasse em demonstrar, o vínculo entre eles estava mais forte do que nunca.

De repente, Deusa! Onde histórias criam vida. Descubra agora