Capítulo 1: O Despertar dos Herdeiros

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Prólogo: A Última Batalha

A escuridão engolia o céu de Lumiara. Raios de magia pura cruzavam os céus, iluminando as ruínas de uma cidade que antes florescia, agora devastada pela guerra. No centro do caos, os Cavaleiros de Lumiara erguiam suas espadas brilhantes contra o mais antigo e temido dos inimigos: Neroth, o Ceifador das Almas. Seu manto negro ondulava, pulsando com uma energia maligna que parecia consumir a própria luz ao seu redor.

- Não podemos deixá-lo vencer! - gritou Sir Elandor, o líder dos cavaleiros, empunhando a lendária Espada da Aurora, cuja lâmina brilhava intensamente, irradiando uma luz que afastava as trevas por onde passava.

Ao seu lado, Lady Isolde, a feiticeira dos ventos, murmurava palavras antigas, criando redemoinhos de vento que levantavam poeira e escombros. Theron, o Guardião da Terra, erguia barreiras com seus punhos, tentando proteger os guerreiros restantes, enquanto Alara, a Sacerdotisa do Fogo, lançava chamas que cortavam o ar em direção às criaturas que serviam Neroth.

Mas não era o suficiente.

Neroth brandia o Cetro da Desolação, um artefato capaz de controlar as forças mais obscuras e destruir tudo o que tocava. Com um golpe de sua arma, ele derrubava dezenas de cavaleiros, sua risada ecoando pelo campo de batalha.

- Vocês não podem me derrotar, tolos! - a voz de Neroth ressoou, como um trovão. - O mundo pertence às trevas, e eu sou seu mestre!

Elandor sabia que não poderiam vencer por força bruta. A única opção era o sacrifício.

- Agora! - gritou ele, e os quatro cavaleiros formaram um círculo ao redor de Neroth. Eles começaram a entoar um cântico antigo, e seus corpos começaram a brilhar com o poder dos elementos que carregavam.

Neroth sentiu a mudança e tentou escapar, mas já era tarde demais. O chão tremeu quando os cavaleiros invocaram o Selo Arcano, um poder tão antigo quanto o próprio tempo. Em um último esforço, eles canalizaram suas vidas no feitiço, prendendo Neroth em uma prisão de luz que o selou em um sono profundo.

O campo de batalha ficou silencioso. Os cavaleiros, agora sem vida, caíram ao chão, enquanto o Selo continuava a brilhar. As lendas falariam deles como heróis. Mas apenas os mais sábios entenderiam que aquela batalha era apenas o começo.

Pois o mal nunca fica adormecido para sempre.

Capítulo 1: O Despertar dos Herdeiros

Séculos se passaram desde aquela batalha lendária. A história dos Cavaleiros de Lumiara havia se tornado um conto contado às crianças antes de dormir, nada mais do que uma lenda. Mas no fundo das terras de Arven, nas profundezas do mundo, algo começava a despertar.

Na pequena cidade de Karath, Kyros observava as estrelas do telhado da biblioteca onde trabalhava como arqueólogo. Desde criança, ele se fascinava por histórias antigas, especialmente a dos cavaleiros. Algo naquele conto sempre o intrigou, como se houvesse mais verdade do que os livros sugeriam.

- Kyros! - uma voz ecoou da porta. Era Elora, uma talentosa historiadora e sua melhor amiga, apressada como sempre. - Você não vai acreditar no que eu encontrei!

Ela se aproximou, ofegante, segurando um pergaminho antigo. Seus olhos brilhavam de excitação.

- É um mapa - disse ela, desenrolando o pergaminho na frente dele. - E parece indicar o local de um artefato perdido dos cavaleiros.

Kyros arqueou uma sobrancelha, curioso. - Você acha que...?

- Sim - respondeu Elora. - Se for verdade, pode estar ligado ao Selo que prendeu Neroth.

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