📜 . Capítulo 15

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Narrador pov's

Diário de Guil Grant

Foco. Preciso manter o foco, isso não pode piorar, não pode...

A maldição tem avançado cada vez mais, muito mais rápido do que eu poderia prever. A magia já não é como antes, está sumindo aos poucos enquanto meu lado ruim ganha forma.

Jordan tem me surpreendido a cada dia com o uso da magia, apesar de ser uma criança ainda, dado a longevidade dos gênios, ela apresenta grande talento. Provavelmente herança de família. Seu apreço imensurável por magia e livros me preocupa, definitivamente não quero que ela acabe como meu... Como ele.

Contornar toda a situação tem se tornado complicado, a curiosidade de Jordan, as perguntas cada vez mais certas, céus, era pra ela ter a mentalidade de uma criança comum, qual foi o erro no feitiço de proteção, afinal?

Tudo bem que isso tem anos, mas da mesma forma. Jordan não é um gênio comum. Eu sabia disso quando tudo aconteceu.

Tenho medo do que pode acontecer caso a maldição se finde completamente em mim, do que meu lado horrível que nunca deveria vir a tona poderia fazer com a minha garota. Ela é apenas uma criança.
Uma criança com muito poder.

Mas sinceramente, James é o que mais me preocupa. Não quero perder toda infância do meu filho por causa disso. Ele é um bebê adorável, graças aos gênios puxou a beleza da mãe, não me perdoaria se ele tivesse saído com minha cara.

Ele não tem magia, o que posso agradecer, magia é perigosa e eu quero segurança para ele, mas tem algo incerto, não sei dizer o que, algo irradia dele.

Não é magia, não é humano, é outra coisa... Talvez a marca de nascença tenha algo a ver com isso.

Antigamente, os gênios concediam dons aos filhos de mortais que levavam-os para o templo. Não era algo muito certo, as bençãos pareciam maldições, então era muito vago. No dia em que James nasceu ele ficou poucos segundos sozinho, apenas para que eu ajudasse sua mãe a se recuperar e quando fui pega-lo novamente uma sombra estava sobre ele, James não chorou, apenas parecia estar aceitando seja lá o que a sombra tenha lhe dito.

Não pense que eu fiquei parado ali olhando, não! Eu corri até o meu filho no mesmo momento. Consegui ver um vislumbre rápido de um sorriso naquela mancha preta que estava me aparecendo com tanta frequência.

Eu só espero que o que quer que tenha sido aquele episódio, não tenha nada a ver com isso que o James transmite, e que... Pela lâmpada! Que não seja uma das bençãos de Gênio.

Principalmente se for uma que vem de Bangui.

.° •

Ler os diários antigos do pai que ficaram esquecidos na lâmpada era um hábito que Jordan adquiriu desde que leu e releu pelo menos três vezes cada exemplar de magia avançada existente na lâmpada, o que não é pouco, ah, nem de longe!

Descobriu assim muitas coisas sobre si e também algumas delas a deixavam confusa e ela preferia evitar pensar sobre tudo o que tinha lido. Essas eram algumas dessas páginas, mas naquela manhã, a gênia acordou com o sentimento de que deveria achar aquelas três páginas amareladas.
A conversa com seu irmão no dia anterior a tinha deixado em alerta.

James jamais poderia realizar o ritual. Ela jamais deixaria que seu único irmão se arriscasse tanto apenas para que ela tivesse algo outra vez.
James é só uma criança, e crianças não devem fazer atos heróicos assim! Definitivamente não.
Em baixo do diário de couro branco bordado com ouro, outro livro estava aberto. Um sobre mitos.

Mas não era de fato grande coisa, fala sobre as bençãos que os gênios davam, coisas incríveis para mortais se sentirem especiais. O que muitos conhecem como dons eram concedidos para os humanos em quem os gênios mantinham grande contato ou afeição, ou alguém que pertencia a família dessa pessoa.

Mas esses dons podiam ser perigosos, podiam ser odiados por quem os tivesse. Histórias sobre músicos que quebravam os próprios dedos por não conseguirem parar de tocar. Boas pessoas arrancando os próprios olhos por eles sempre mascararem a crueldade. Mágicos e leitores de cartas se martirizando por só conseguirem prever a desgraça.

James era cartomante.

Se isso tivesse algo haver com uma benção de gênio... Se, atos de heroísmo ou qualquer ideia de martírio para ele.

Jordan não permitiria.

ꟷ Acordada tão cedo? – Chad parecia bem a vontade, já que entrava sem bater, esfregava os olhos e ainda estava com o pijama de coroas que ele havia trago.
A gênia se virou rapidamente olhando para o amigo enquanto fechava os livros atrás de si.
Ela odiava segredos, mas infelizmente tinha que ter vários deles.

ꟷ Que bom que já está de pé! – deu seu melhor sorriso caminhando até o azulado que soltou um murmúrio sonolento – Preciso mesmo conversar com você.

ꟷ E lá vem... Qual é, purpaw! Não são nem oito da manhã.

ꟷ Preciso de um favor, Chad.






📜 . Notas do Gênio:

Eu tô vivo, eeeeeeeeh!

Desculpas, de verdade pelo sumiço, eu estava um caco, mas acho que a viagem bate e volta que fiz com meus amigos me ajudou a melhorar bastante!

Esse capítulo é mais curtinho, e por isso hoje vai sair mais um, como um pedido de desculpas também hahaha!

Me contem as novidades, não entro aqui a séculos!

Ass.: AW

Sob as Regras da LâmpadaOnde histórias criam vida. Descubra agora