Capítulo 23

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A Herança e a Vingança.

A morte de Heitor ecoou como um sussurro na brisa da ilha, um lamento que se misturava à dor e à lembrança. Victoria, envolta em pensamentos, viu sua tristeza se transformar em determinação. Em meio ao luto, uma verdade obscura surgia: Ricardo e seu grupo haviam sido os arautos da tragédia.

Com a herança, não apenas ouro, mas um legado de força, ela se preparou. Em seu coração, ardia a chama da vingança, iluminando o caminho que escolhera. Ao lado de Rafe, os dois se tornaram uma unidade, prontos para desafiar o destino.

Naquela noite, quando a lua pendia no céu, Victoria armou-se com um olhar resoluto. A arma em sua mão não era apenas metal; era a certeza de que a justiça seria feita. Com passos silenciosos, dirigiu-se à casa de Ricardo, cada batida do coração ecoando como um tambor de guerra.

Ao cruzar o limiar, o ar estava pesado de tensão. "Vocês acham que o luto os absolverá?" Sua voz, embora suave, carregava um peso imensurável. O silêncio se fez, e olhares nervosos se cruzaram.

Com uma calma quase sobrenatural, Victoria ergueu a arma, o brilho do metal refletindo a luz da lua. "Vocês trouxeram dor para minha família. Agora, enfrentarão as consequências."

O desafio pairou no ar, e Ricardo, em sua arrogância, tentou manter a pose. "Você não tem coragem."

Mas na quietude da noite, a coragem se manifestou em um gesto. Um disparo ecoou, não apenas como um aviso, mas como o início de uma nova era. A vingança não era apenas um ato; era uma poesia escrita em cada decisão, cada passo que Victoria decidira tomar.

E assim, a ilha Noronha começava a sentir os tremores de sua nova realidade.

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