Uma nova chance?

5 0 0
                                    

Bruno narrando

Eu achei que hoje seria tranquilo, mar o Caíque resolveu que vamos em uma festa da faculdade (Faculdade essa que ele nem começou a estudar ainda).
Ele disse que mesmo que você não seja aluno da faculdade, você pode ir, até por ser uma festa fora do campus e organizada pelas Atléticas (grupos estudantis), então é tranquilo, mas "Tranquilo" com muitas aspas, você não acha que um lugar onde vai ter diversos jovens universitários, vai ter um culto, ou acha?

-Caíque: Vey, você não precisa se preocupar com nada, já paguei nossas entradas, e eu achei que fosse mais cara. -disse ele tentando me convencer, balançando as duas pulseiras coloridas na altura do meu rosto.

-Bruno: Sim, e vamos comer e beber oque lá? É final de mês e até meu cartão já está pedindo socorro.

-Caique: É uma festa Opon-Bar, e vá se preparando para me acompanhar no trote no início do semestre.

-Bruno: Mas e o trabalho, sua folga é hoje, você vai trabalhar amanhã? Virado e de ressaca?

-Caique: Eu tenho uma folga do último feriado, que ainda não tirei, e agora pode ir se arrumar, já são dezessete e quarenta.

Tiago narrando

A Giovana tem sido uma verdadeira amiga, eu não sei oque teria acontecido caso ela não estivesse aqui, mas ela está com uma ideia meio louca na cabeça.

-Tiago: Como assim? Que ideia doida é essa?-Perguntei ainda me recuperando da crise que tive a pouco minutos.

-Giovana: É isso mesmo, amigo se você quiser deixar o passado no passado, você tem que destruir qualquer coisa que te faça lembrar desse cara.

-Tiago: Sim, eu sei, mas eu posso fazer isso outro dia- No fundo, eu não queria fazer aquilo, ainda sentia falta dele, ainda queria ele, que ele voltasse.

-Giovana: Amigo, eu te conheço, você se faz de forte, mas tá na cara que você ainda gosta daquele imbuste, mesmo ele não merecendo- Ela dizia com ênfase e determinação- Vamos queimar essa camisa sim, e você vai comigo.

-Tiago: Mas... a casa vai ficar esfumaçada- Tentei argumentar, aquela camisa foi a última coisa que sobrou do Carlos.

-Giovana: Vamos no quintal, e queimamos lá!

-Tiago: Ok, vamos! - Eu sabia que não ia conseguir derrotar ela, ela era muito decidida, e quando colocava alguma coisa na cabeça, não tinha quem tirava.

Saímos do quarto e fomos no banheiro pegar a garrafa de álcool, passamos na cozinha e pegamos o fósforo, ela fez com que eu mesmo queimasse a camisa, ela disse que era nescesario, só assim eu ia conseguir me desconectar do Carlos. A minha ame vinha chegando do trabalho e perguntou oque estava acontecendo e o porquê daquele fumaceiro todo, a Giovana disse que foi uma necessidade, e minha mãe nos olhou com um certo descontentamento e disse para nós limpamos quando acabar.

Depois que a camisa do Carlos se transformou em uma pila de... tecido derretido e lembranças dolorosas. Depois de limpar toda a bagunça nos fomos para o banheiro tomar outro banho e tirar o cheiro de fumaça do corpo.

Já no meu quarto vejo a Giovana, com sua "Calça de shopping "e seu croped, e nós pés um tênis branco de sola alta, e ela estava muito gata, e claro com sua baguete, dada por mim a três dias atrás.
Como eu estava só com a toalha na cintura e o corpo um pouco molhado, ela brincou.

-Giovana: Amigo, se você fosse assim, já estaria bem de mais- Disse entre risos.

-Tiago: Tá bom kkkk, vai achando que isso vai acontecer, agora deixa eu me arrumar.

Assim que ela saiu, foi logo para a sala, pude ouvir as vozes dela e da minha mãe com risinhos, e minha mãe rasgando elogios a Gio. Eu comecei a me arrumar, colocando minha cueca Box branca, uma calça Oversized jeans preta, uma camiseta regata branca e uma social lisa por cima, um Air force branco e na cabeça uma durag, para completar alguns anéis e um colar de pérolas e uma corrente prata fina.

-Tiago:Tô pronto- Falo do meu quarto, Giovana e minha mãe se levantam para me receber- Podemos ir?

-Giovana: Amigo... tô sem palavras- fala entre risos, fico encabulado- Você tá muito gato.

-Tiago: Obrigado, eu tive que me esforçar, olha como você tá!

Nos despedimos de minha mãe e nos aconselhou a ter juízo, e logo nosso uber chegou. Chegamos rápido ao local, como o transito estava livre, foi tranquilo o trajeto, mas parecia que algo me dizia que essa noite não ia ser muito tranquila.

Bruno narrando
Um pressentimento estranho, sabe quando você senti que tem alguém te observando?! Pois é, estou com essa sensação. Mas deve ser coisa da minha cabeça,  e por que o Caíque tá demorando tanto pra voltar?
Só pode ser Karma, com tantas festas, tantas faculdades, aquele babaca... espera, ele pode ser aluno de outra faculdade e só está aqui por conta da festa.

Bom, vou ignorar e é isso. Aaah finalmente, o Caíque tá vindo.

-Bruno: Onde você tava ?

-Caíque: Eu fui encher meu copo e acabei encontrando uma menina que possivelmente vai esta na minha turma, nos conversamos e... você sabe

-Bruno: Ai, oque eu tô fazendo, desculpa, é que eu vi uma pessoa e não queria ficar só, não conheço ninguém aqui além de você.

-Caíque: Tá de boa, eu não devia ter sumido, mas quem foi que você viu?

-Bruno: Lembra daquele babaca do shopping? Ele tá ali- mostrei por cima do ombro.

-Caique- Puta merda- Disse entre risos sínicos e acenou com um movimento com o copo.

-Bruno: Oque você tá fazendo?

- Caique: Aquela garota ali, foi ela, com quem eu encontrei na praça de alimentação.

-Bruno: Eles estão vindo pra cá porra.

-Tiago: Boa noite- disse, mas com a música alta, quase não fui ouvido.

-Caique: A noite acabou de melhorar- Disse ele com um sorriso de canto.

-Giovana: Você ainda não me disse seu nome- Falou Giovana quase gritando.

O clima entre mim e aquele babaca, não estava nada bem, e a vontade de esganar o Caíque só crescia. A amiga dele parecia ser gente boa e super educada, ao menos se fosse com ela aquele esbarram, ela teria pedido desculpas.

Promete não me abandonar?Onde histórias criam vida. Descubra agora