Capítulo 3

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— E a sua namorada?

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— E a sua namorada?

Quase não consigo dominar a minha vontade de cuspir de susto. Assim na lata mãe? Fiz uma careta.

— Me dá o açúcar. — fingir que minha expressão terrível tinha a ver com o café que já tava doce o suficiente, e não com a minha mentira descarada. — O que tem ela?

— Eu é quem diga, quando eu vou conhecer?

— No Natal? — meu cinismo me assusta, quando foi que aprendi a ser tão cínica?

— Bom, assim a família toda conhece ela.

— Como assim a família toda?

— Seus tios vem passar o natal aqui esse ano. — Achei que não poderia ficar pior, mas acabo de descobrir que achei errado.

Dessa vez a minha cara de desgosto eu não consegui disfarçar, não que eu tenha tentado. Mas se das outras vezes minha mãe tinha percebido que eu estava mentindo, ela não falou nada, assim como não falou da minha cara de desgosto.

— Achei algumas fotos suas quando era pequena, talvez queira algumas pra botar no seu apartamento novo.

Pelo menos o apartamento não era mentira. Nem consegui responder se queria as fotos, minha mãe logo se levantou e pegou o álbum que estava na bancada do armário da cozinha e se sentou de novo.

— Olha como você e sua irmã eram fofas juntas. — Minha mãe me mostrou a foto onde eu estava toda melada de ovo, era meu aniversário e a dondoca da Sarah, jogou praticamente todos os ovos da geladeira em mim.

— Ela era o cão.

— Miranda, para. Não fala assim da sua irmã, naquele ano você também jogou os ovos nela, ou tá esquecida.

É, mas foi um acidente, eu estava tentando jogar os ovos na cão que a melhor amiga de Sarah, chamava de amiga.

E por falar no demônio, ou melhor dizendo, demônia. A foto de Lídia Mendes estava logo abaixo da foto do ovo, nem sequer era uma foto decente, a gente só apareceu na foto porque ela tava fugindo de mim, para eu não devolver o estrago que ela fez no meu cabelo.

Encarei tanto que minha mãe decidiu olhar para onde estava olhando.

— Ah, Lídia. Era uma boa menina.

— É o que?

— Ela era muito simpática e educada.

— Lídia, era o cão em pessoa.

— Era uma boa amiga pra sua irmã, diferente daquela... como era o nome dela mesmo?

— Maitê?

— Essa mesmo. Espero que tenha melhorado como pessoa.

Minha mãe fala assim de Maitê porque acha que o motivo da faze depressiva de Sarah, tem ave como ela, por um lado até que tem. Mas na realidade a escrota ali foi Sarah, já que aceitou sair com um cara que ela nem gostava só pra disfarçar o fato de que estava em um "relacionamento" com Maitê.

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