Capítulo 4

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— Quantas vezes eu vou ter que pedir desculpas?

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— Quantas vezes eu vou ter que pedir desculpas?

— Não sei. Talvez a semana toda! — Eu estava puta. Se não fosse por conta de Bruna, eu teria conversado mais com aquela mulher maravilhosa. Ou pelo menos ter pegado o número dela.

Agora nem eu posso procurar ela para stalkear no Instagram, já que eu não sei o nome dela. Não posso mentir que eu tentei usar o nome "Barbie" em toadas as redes sociais para ver se achava o perfil dela.

Faz dois dias. Dois dias que procurei ela. Voltei até naquela boate de novo ontem e fui atrás do bartender que parecia conhecê-la, mas ele não estava lá, falaram que eles sempre revezavam os bartenders a cada noite.

— Pelo menos agora você tem um motivo pra chorar quando for mentir pra sua mãe que foi traída. — Joguei o travesseiro do sofá nela, mas ela desviou e correu para cozinha.

Hoje é véspera de Natal. O tão temido dia da minha mentira. Acho que nem vou precisar daquele cristal vagabundo pra chorar, porque é bem capaz que eu chore de ódio.

Fiquei boa parte daquela noite beijando ela. A outra metade eu estava flertando e conversando. Simplesmente não me passou pela cabeça pedir o número dela antes, porque eu não achei que Bruna me arrastaria com tudo para o banheiro porque estava fugindo de uma das suas ex malucas. Ódio. Ódio. Ódio. Ódio.

Quando voltei ela não estava mais lá.

Meu celular tocou, peguei ele e me joguei no sofá para atender a ligação.

— Alô.

— Miranda Thompson?

— Infelizmente sim. Quem é?

— Ah... aqui é do Instituto de pesquisa marinha, gostaria de falar que você foi qualificada para trabalhar no instituto. — Eu dei um pulo e sentei no sofá.

— Eu estou sendo contratada?

— Bom, sim... se ainda quiser o emprego, pode começar no início do ano na segunda quinzena de janeiro.

— Quero. Quero sim.

— Vou mandar tudo que você precisa saber no seu e-mail. Tenha uma boa véspera de Natal.

— Para você também. — esperei o cara desligar. E quando desligou eu gritei. Bruno saiu da cozinha e me encarou assustada por eu está pulando no sofá. — Eu consegui o emprego.

— E eu que pensei que achar uma namorada pra você seria mais fácil. Isso prova que é difícil achar alguém que te aguente como eu.

Dessa vez quando joguei o travesseiro, ele bateu bem na cara dela.

(...)

— Porque tá demorando tanto pra chegar? A casa de praia não é tão longe assim. — eu estava saindo do shopping cheia de sacolas. Talvez eu tenha exagerado, mas eu comprei roupas que eu sempre quis e como eu me imaginei que estaria usando quando estivesse trabalhando no meu emprego dos sonhos. E também tava comprando presentes para meus parentes irritantes e o noivo babaca da minha irmã.

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