prólogo

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ESTAVA ESCURO. Uma escuridão tão denso que mesmo o castiçal que ela carregava não foi capaz de iluminar os arredores. Gallatea estreitou os olhos, se forçando a enxergar  para onde deveria ir, mas foi impossível. Então não lhe restou nenhuma escolha além de respirar fundo e começar a andar pelo um local.

Tinha percebido que estava descalça, a camisola grudando em seu corpo fino enquanto o vento frio soprava em seu rosto. Diferente totalmente de como estava antes.

Então, depois de alguns segundos percebeu onde estava, era a na praia, soube disso no momento que seus pés descalços tocavam a areia do chão, a textura da areia macia e o cheiro do mar fez ela reconhece, o vento estava frio sob seu corpo, lhe causando leves arrepios na pele. Os sons das ondas quebrando contra as rochas era reconfortante para ela.

A ruiva esticou mais o braço, esperando a vela que segurava iluminasse o caminho, e mesmo que estivesse numa praia, onde a luz da lua pudesse lhe direcionar, não existia nada além de escuridão.

No entanto mesmo que tentasse enxergar alguma coisa, nada veio em sua direção. Impossível de ver qualquer coisa. A luz só permitindo que ela alcançasse a areia, que Gallatea pegar em sua mão.

Um suspirou saiu de seus lábios quando sentiu um frio na barriga e um arrepio na espinha. Sua mente um pouco clara, nenhum pensamento se sobressaiu além de saber onde se encontrava, sentia que havia mais outra pessoa ali. Ela continua andando depois de um momento, sentindo o coração acelerar ansiosamente a cada passo.

Não por medo.

Gallatea Unknown jamais sentiria medo de novo.

E aquilo era um sonho. Um sonho que ela sabia que nunca estava sozinha.

Ela conseguia senti-los. Lhe espiando, espreitando sobre as sombras. Até mesmo às vezes sussurrando para ela fazer coisas. Tomar atitudes sobre o que lhe foi dado desde do começo.

Mas eles nunca aparecem, suas verdadeiras faces estão sendo escondidas na sombra. Eles sempre trazem seu pior inimigo, seu maior pesadelo. Como se quisesse lhe testar. Agora, nesse exato momento, está tudo silencioso, o único som sendo as ondas quebrando sob as rochas.

Bem, às vezes o silêncio é pior que o barulho. Gallatea anda pela a praia, que para ela parecem horas em um corredor infinito ou uma caverna de areia infinita. Nunca encontrando uma curva, uma parede ou um final. A vela não derretem e o fogo não se apaga, e mesmo sendo inútil em iluminar o ambiente, transmite um pouco de conforto.

O mínimo brilho é melhor que a total escuridão. Então ela sente algo diferente. Seus pés param de pisar na areia e passam a tocar uma superfície mais úmida e quente, como se a areia estivesse afundando e agora ela estivesse entrando dentro do mar. Mas desde quando a água do mar está quente?

Não. Não parece água. É um pouco pegajoso e-

Seus pés batem contra algo sólido. Oh, malditos sejam, finalmente uma parede. Gallatea tateia ao redor, procurando qualquer superfície, mas seus dedos encontram apenas ar. Sua testa franzi em confusão. Então, engolindo seco, ela se abaixa para tentar iluminar o que bloqueia seu caminho e-

Aqueles olhos castanhos e sem vida refletem contra o fogo.

Gallatea engasga em um grito silencioso e tropeça para trás, derrubando o castiçal, caindo sentada na areia úmida. Suas mãos, usadas para apoiá-la, entram em contato com o líquido quente de antes.

— Isso é um teste. Você consegue. — ela sussurrar para si mesmo.

Lentamente o ambiente começa a clarear, permitindo que Gallatea enxergue todo o cenário e... E não é só a mulher dos olhos castanhos.

𝐏𝐎𝐈𝐒𝐎𝐍 𝐑𝐎𝐒𝐄;       rhaenyra targaryen Onde histórias criam vida. Descubra agora