ela é a minha paz.

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Depois de longos dias intensos de fisioterapia, meu joelho já estava bem melhor mas eu ainda precisava de um tempo de repouso.

Eu não sei explicar, mas por esses dias eu não havia mais falado com o Nicolas...ele sumiu do mapa e isso não quer dizer coisa boa.

Hoje eu iria comparecer a uma entrevista e já estava me arrumando pra ir pra lá

- Vou ligar pra Julia pra gente assistir juntas.-Bruna estava sentada no sofá enquanto eu andava de um lado pro outro.

Claro que eu já dei muitas entrevistas mas fazia tempo e o frio na barriga sempre persiste.

- Faz isso mesmo! Ou chama ela e as meninas pra virem aqui, aí quando eu sair de lá eu já vejo elas

- Elas vírgula né senhora? Sei bem quem você quer ver.

- Fica quietinha, tô falando pra ver todas! Claro que ver a Julia vai ser um bônus-digo rindo

- Deixa a Rosamaria escutar isso, ela já vai fazer um drama daqueles.

- Por isso que o que acontece aqui, morre aqui. Tô indo lá, vê se não coloca fogo na casa ou cometer alguma coisa que afete sua saúde!

- Pode deixar, Mãe-ela diz revirando os olhos.

Vou até aonde será a entrevista e logo quando entro, vejo que não conheço ninguém.

Um homem que se apresenta como Adam, me leva até o set de gravação aonde tem um homem e uma mulher e eu logo me sento.

A entrevista começa.

- Hoje estamos aqui com a querida, Isabella! É um prazer de receber aqui e estamos muito ansiosos para essa entrevista, não é mesmo Rebeca?-o apresentador começa.

- É isso mesmo, Raul! Isabella, sabemos que você é uma atleta jovem, muito ágil e que vem ajudando a nossa seleção e agora está tendo que enfrentar um dos maiores desafios de quem pratica o esporte que é a recuperação. Como está sendo tudo isso pra você? Está ansiosa pra retornar as quadras?

- Primeiramente fico feliz em estar aqui e que sim, está sendo difícil essa situação até porque eu estava em um momento muito bom em minha vida profissional mas agora eu acho que eu estou levando de uma forma mais leve. E estou ansiosa sim, claro que eu estou com medo do meu retorno mas eu sei que eu tenho apoio e nunca irá faltar esforço de minha parte.

- Ficamos felizes em saber disso! Você sente que a lesão mudou algo em sua maneira de ver o vôlei em si?-Raul pergunta

- Olha, acredito que não! Vôlei sempre foi minha paixão e isso nunca irá mudar mesmo isso acontecendo, porque nós atletas fazemos o que fazemos por amor.

- Gostei de ver todo esse foco, dá pra perceber que você é muito dedicada! Você sabe que muitas vezes ser um atleta profissional afeta a sua vida pessoal, como você faz pra lidar com toda essa pressão?

- Nunca é fácil, ainda mais que o vôlei exige muito do físico e do mental e muitas vezes não entendem isso. Já perdi momentos importantes com quem eu amo pra focar em jogos importantes então não podemos negar que afeta! Mas pensando por outro lado o vôlei é algo que me completa, tudo é uma questão de equilíbrio e eu tô tentando melhorar isso sempre.

- E em relação a sua família? Eles gostam de esporte?

- Meu pai sempre adorou, mas depois que eu comecei a jogar todos eles se juntam a cada jogo pra me assistir e eu acho incrível o quanto eles me apoiam.-sorrio.

- É sempre bom ter alguém que nos apoie e que nos ame por perto. Agora mudando um pouco de assunto, como você descreveria a Isabella fora das quadras? Quem é você quando não está lá jogando?

𝒟𝑒𝓈𝓉𝒾𝓃𝑜?Onde histórias criam vida. Descubra agora