"Devolva-me"
Lua oh lua... Como é a visão daí?
Dos astros, dos cometas e afins...
Bem, sem respostas, eu já esperava.
Explique-me, severa musa,
Como é ser aclamada e buscada?
Mesmo muda,
Tu és amada.
Tu não te cansas de estar disposta?
Não te irritas com as dores alheias?
Não te irritas comigo?
Eu perguntei as estrelas sobre ti,
Me perdoe pela indelicadeza,
Estava curiosa sobre a tua interna beleza...
Não ouvi boas coisas,
Me disseram que és triste.
Que vives só e com a frieza em riste,
Esperando os loucos de amor
Se confessarem.
E os solitários
Se lamuriarem.
Tu te odeias?
Por tua disposição subserviente?
Também perguntei aos planetas sobre ti.
Mais uma vez
Perdoe-me por minha intromissão,
Mas me disseram que chorastes...
Então não tive desculpas,
Nem andrajes,
Para mascara minha preocupação.
Desculpe-me, por minha inutilidade,
Mas não posso te confortar.
Embarcamos no mesmo navio,
E mesmo em lados diferentes,
Estamos destinados a naufragar.
Sinto muito lua...
Mas não aguento mais consolar.