Capítulo 03

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Ana Flávia

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Ana Flávia

Algumas semanas haviam se passado desde o show em São Paulo, o qual Letícia esteve presente e eu esbarrei em Gustavo.

Desde esse dia, seu olhar passou a me atrair ainda mais, de uma maneira inexplicável.

Gabriel decidiu nomear Gustavo como chefe da equipe de produção e isso o trouxe para ainda mais perto de mim, ainda mais com a proximidade que ele criou com meu amigo.

Hoje é um daqueles dias em que minha mente está em um imenso conflito.

Estou exausta. Á dias sem descansar, nas folgas do show, eu trabalho com publicidades, campanhas e tudo mais. Á dias sem parar em casa e agora estamos no nordeste, uma região que particularmente me deixa extremamente insegura.

O nordeste é uma região a qual eu não sou tão forte assim, tem algumas musicas minhas que não chegam tão bem e é a minha primeira vez em vários lugares que iria cantar esse fim de semana, isso me deixa insegura, inquieta e ansiosa.

Encaro a tela do celular que indicava que já se passava das duas da manhã e eu ainda não havia conseguido dormir, suspiro cansada e encaro o teto do quarto de hotel.

Ontem fizemos o nosso primeiro show aqui no Ceará, o terceiro que da a sequencia de show que tínhamos no nordeste.

Movida pela tensão e pela a angustia que afundava meu peito, levanto da cama cuidadosamente para não acordar Rudi que dormia ao meu lado, visto um moletom e saio.

Sei que se Eduarda ao menos sonhar que eu sai no meio da noite e que fui para fora do hotel, ela irá me matar, mas não me importo, preciso respirar um pouco, tentando me acalmar.

Sei que  o nosso hotel ficar de frente a praia e tem uma região privativa e protegida, então decido ir até lá, sem pensar nos riscos.

Percebo o olhar do segurança da portaria estranhando minha saída, mas ele não diz nada, apenas me julga mentalmente mesmo.

Agradeço o caminho até a areia do mar ser iluminado e a madrugada também está estrelada.

Sento na areia e começo a admirar o mar. O céu estrelado refletia nas águas salgadas e me davam a honra de poder apreciar esse momento.

Fecho os olhos, respiro fundo e aprecio o silencio, tentando acalmar minha mente.

Mas logo esse silencio é interrompido por uma voz rouca, que mesmo tendo a escutado pouquíssimas vezes, a reconheço.

-Se a Eduarda ou o Gabriel ao menos sonhar que você está na praia sozinha, certamente farão picadinhos de Ana Castela. –diz em um tom divertindo sentando-se ao meu lado.

Apesar de querer silencio e ficar sozinha, sua presença não me incomoda, pelo o contrario, me trás uma sensação de paz... segurança.

-Eles só vão saber se algum fofoqueiro decidir abrir a boca e falar. –respondo e escuto sua risada.

Meu anjo - Miotela Onde histórias criam vida. Descubra agora