prólogo

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2005

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2005

CARRY on, my wayward son, There'll be peace when you are done — cantei com toda a minha alma e meu pai gargalhou.

Lay your weary head to rest, Don't you cry no more — papai cantou — não tão alto quanto eu — e logo abaixou o volume que estava quase no máximo. Seus olhos pousaram em mim e ele deu um pequeno sorriso com os olhos brilhantes.

Meu pai é um homem alto com seus 1,95 de altura, é praticamente uma muralha de músculos e quem não o conheço o julga como serio e bravo, porem, Lincoln é um homem extremamente gentil e doce, com um coração enorme e bondoso. Ele me criou sozinho desde dos meus 10 anos, quando minha mãe sumiu com o amante.

— Estou tão orgulhoso da medica que esta se tornando pimentinha, não vejo a hora de te ver passar no exame da residencia e então ser finalmente uma staff. — meu rosto queimou com a declaração do mesmo. Papai sempre garantiu que eu conseguisse conquistar todos os meus sonhos sendo a melhor rede de apoio que eu poderia ter, sempre tralhou duro parta me bancar e bancar meus estudos mesmo com a bolsa de 50%. Quando eu passei em medicina foi uma alegria que não cabia em nos e acho que ele chorou mais do que qualquer dia na vida dele.

— Pai ainda falta algum tempo para isso, mais a ansiedade também esta me sufocando. Ser interno é humilhante. — o grisalho ao meu lado soltou uma risada e eu o olhei feio. — Ei! Não ria cara, é triste mesmo. Os staffs pisam na gente igual merda e outra, lidar com pessoas é bem estressante. — o homem me olhou de canto e sorriu.

Olhei para estrada sentindo um aperto estranho no peito, o mesmo aperto de dias que venho tentando ignorar. Olhei para o meu pai, sentindo algo como pesar?

Por uma fração de segundos o meu pai se assustou com um vulto na estrada e o carro derrapou até bater em uma grande arvore fora da estrada. Meus olhos estavam fechados e o medo em cada partícula do meu corpo. Senti algo escorrer pelo meu rosto e levantei minhas mão ao abrir meus olhos e vi sangue. Olhei para o lado, sentindo minha cabeça girar e meus olhos arderem. Meu pai não estava ali. Minha respiração falhou e cambaleei ate fora do carro e o procurando com os olhos. Um soluço foi ouvido e notei que eu chorava compulsivamente. A angustia só crescia e parecia que minha alma chorava, sentia meu corpo pesado e ouvia zumbidos como se fosse pessoas longe, bem longe...

— Pai! — gritei - ao menos tentei - e andei até o outro lado tremendo e chorando, encontrando uma figura descalça e com casacos de pele sobre meu pai.

A criatura rapidamente se virou para mim com um sorriso sádico dançando em seu rosto e meus olhos focaram em apenas uma coisa - os olhos vermelhos sangue.

Olhei para o homem da minha vida no chão, seus olhos abertos olhavam para mim fixamente, sem vida e pálido, a ferida em seu pescoço não sangrava e nenhum movimento era visto. Meus joelhos encontraram no chão e observei aquela coisa se aproximar enquanto que encarava ois olhos sem vida do meu pai.

— Não! O que é você? Meu Deus... —  me arrastei para longe daquela coisa mais não tinha forças ao menos para levantar. senti uma mão fria me agarrar firmemente que meu braço ardeu e eu resmunguei de dor. Encarei os olhos daquilo e uma emoção se fez tão forte no peito que reprimi um grito. Algo em meu peito se remexia numa angustia tão grande que eu só queria gritar e lamentar por tudo. — Você vai pagar por tudo por que você causar nessa sua vida de merda!

Seu corpo se balançou numa risada sarcástica e tombou sua cabeça de lado, passando seu nariz pela minha bochecha, fungando.

Minha mente e meu corpo me implorava para deixar aquilo dentro de mim sair e fazer o que eu tinha que fazer, lamentar. Então deixei. As arvores se balançaram com um som estridente e extremamente fino que sai da minha boca, passaram que sobrevoavam o lugar no mesmo segundo caíram mortos no chão. O homem na frente se trincou e os pedaços de pele caíram no chão, como se fosse porcelana da mais frágil e a unica coisa que pude fazer foi deixar a escuridão me levar.

➤; 18.11.21.↶
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scream | Carlisle.COnde histórias criam vida. Descubra agora