(4) Rabanete furofuki

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{E agora chegou o momento de mais uma fofoca da era Taisho.

Pequeno Kotetsu nunca tinha demonstrado tanto interesse na cozinha, mas hoje surpreendentemente está a mais de três horas pedindo receitas e mais receitas para as mulheres da aldeia.

"Kozo já havia me contado sobre as ações estranhas vindas do pequeno Kotetsu, cada dia é uma nova surpresa", riu a esposa de Kanamori, enquanto falava com suas colegas de cozinha}

Um pequeno ferreiro caminha pela vila, com destino aparte feminina da aldeia, buscar legumes e vegetais e grãos para preparar seu jantar, já que Kanamori não está presente em casa, por ter que sair da aldeia afim de entregar algumas lâminas nos arredores para só voltar no dia seguinte.

Estava sozinho, então teria de ir até a cozinha da vila ele mesmo, e buscar o que necessitava. Quase não visitava a área feminina que ficava ao noroeste da aldeia, por não haver motivos para estar lá. Porém gostava das simpáticas mulheres que cuidavam daquela parte da vila, entre elas a mulher que lhe criou por três anos após a trágica morte de seus pais, senhora Kanamori.

Os Kanamori haviam lhe adotado após a morte de seus pais, e o de olhos negros era muito grato por isso, pois não tinha parentes que pudessem lhe abrigar ou acolher naquele momento em que ainda era muito pequeno para se virar sozinho, e sentia-se honrado de poder carregar o sobrenome deles.

Mulheres e crianças pequenas vivem naquela parte da aldeia por ser o local mais seguro e protegido dalí, onde no passado um ataque de oni demoraria a chegar, dando tempo o suficiente para fugirem ou se esconderem enquanto homens e espadachins os protegiam. Era uma dura realidade onde muitas delas perderam seus maridos.

Uma dura realidade.

No entanto, agora mesmo não necessitando desses planos de fuga e proteção continuaram assim, pois era o estilo de vida que estavam acostumados. Elas cuidam dos animais de crianção para alimentar e aquecer a vila, como também de hortas e plantações cheias de verduras, legumes e grãos incluindo também algumas árvores frutíferas que eram coisas importantes para o funcionamento da aldeia.

Cada uma com sua função, exatamente como a parte masculina da vila.

Chegava lá ao passar por todas aquelas mulheres de várias idades, se sentiu um pouco desconcertado e intruso, pois haviam poucos homens alí. Apenas maridos a visitar suas esposas, crianças, ou assim como ele que precisavam de algo dalí.

O menino carregava em seus braços seu cesto vazio, cujo desejava encher de bons alimentos saudáveis para seu jantar. Era um pouco estranho andar alí, sendo que para onde olhava via apenas pessoas do sexo oposto, pensando que as mesmas deveriam sentir o mesmo quando visitavam o restante da vila, se deparando com apenas homens a caminhar pelas ruas.

Sim, já havia vivido naquele lugar com sua mãe e depois com senhora Kanamori, até completar seus nove anos onde passou a morar com o esposo da mesma, tendo a idade onde todo garoto mudava para a parte masculina da vila, começando também a exercer o trabalho de aprendiz na ferraria de Haganezuka.

Tinha que admitir, sua história de vida não era muito emocionante ou diferente das de muitas outras crianças, pois várias também haviam perdido seus familiares para demônios sanguinários, e algumas diferente dele não conseguiram uma família boa e caridosa, acabando por ficarem sozinhos por culpa de um destino cruel, para sobreviver no mundo hostil e sem piedade.

Uma dura realidade.

- Oi senhora Kanamori! - entrou na grande cozinha da aldeia, onde várias mulheres incluindo sua mãe adotiva trabalhavam, lavando, descascando ou pisando comida com grandes pilões de madeira. para depois os alimentos serem distribuídos aos moradores, era um trabalho pesado, entretanto bem feito por elas a anos.

~• Depois Do Final ~• Armyo Taku Onde histórias criam vida. Descubra agora