Masked

Um ou dois amigos em comúm

"E eu estava querendo te contar, acho que sua casa é assombrada.
Seu pai está sempre bravo e deve ser por isso.
Talvez você devesse vir morar comigo e assim nós podemos ser piratas e você não vai precisar chorar ou se esconder no armário"
Seven, Talylor Swift

Alice Williams

Marquei minha entrevista de emprego nos Delacroix e também em mais um dos mercadinhos perto da escola , Consegui realizar uma delas saindo bem mais cedo de casa. Eu e Clary estudávamos numa escola católica que estava muito próxima da falência. O ambiente era hostil, nossa coordenadora era a irmã Edneia e ela não parecia enviada de Deus de maneira alguma, aliás muito pelo contrário.

Entrei na nossa sala de aula , triste. Detestava aquele lugar. Entrei de cabeça baixa procurando logo sentar ao lado da minha Clary e quando finalmente encontrei a garota senti meus ombros relaxarem e então sentei ao seu lado e arrumei minha mochila.
-Ligaram pra minha mãe ontem Lice.
-E ela?
-Peguntou porquê não guardamos um cigarro pra ela também- ela riu e eu também. Eu adorava a mãe de Clary , ela sempre me tratou como filha e eu tinha muita, muita gratidão em meu coração por isso.
- Ligaram pra Margaret também. - Clarissa ficou séria e um pouco branca.
- Meu Deus! e ela?
- Eu neguei né, Ela não realmente se importa.
- Se importa se você sujar a imagem dela Alice. Você tem que tomar cuidado.
- Calma , você já viu eu tomar alguma decisão inconsequente e resultar em dor de cabeça? - ela franziu o cenho incrédula- Aliás - continuei - Acabei de fazer isso! por que hoje a noite tenho uma entrevista de emprego para ser babá do pirralho irmão do namorado da Maya, sem ela saber! oba! - Conforme eu fui soltando as palavras , seus olhos azuis foram crescendo em choque.
- Ah , Maravilha amiga! e a Maya nunca vai né? Espero de verdade Alice Williams que você se foda. Porque eu juro falei de aviso não foi.
-Para de ser assim... Ela não vai descobrir mesmo , e a governanta me mandou mensagem hoje de manhã eles estão desesperados porque o pirralho não aceita ninguém para ser babá dele , estão oferecendo quinhentas libras a hora , isso é uma bolada Clary se eu trabalho lá esses seis meses eu to feita. Confia em mim por favor.
Antes de ela conseguir responder, o senhor Fitz nos interrompeu :
-Gostariam de compartilhar o assunto com a classe toda?
-Não , senhor. - Dissemos em uníssono .
- Ótimo! então silêncio.
Ouvi umas risadinhas vindo de trás , provavelmente de Isabel e Marianna que eram duas desocupadas então resolvi ignorar pelo bem da minha sanidade mental.

As aulas passaram devagar, e quando eu estava prestes a surtar o intervalo chegou de ótima hora.
-Vamos fumar?
-Alice você é uma víciada.
- Víciados fumam um maço por dia, eu? um por semana. Mas se você não quer... beleza.
- Bora vai.
Então nós nos esgueiramos entre as pessoas e discretamente subimos até o andar aonde ficavam os quartos das freiras , encontramos a porta que dava para o telhado e seguimos, desta vez Clarissa lembrou de tranca-la então estavamos seguras. Nesses momentos eu desejava nunca sair da escola. Ficar jovem para sempre e viver assim.
Sentamos na ponta do parapeito , Pegamos nossos lanches e o maço de cigarro , acendemos enquanto fazíamos nossa refeição , em silêncio perdidas em nossos próprios pensamentos, eu e Clary assim como conseguíamos falar por horas sem parar conseguíamos aproveitar o silêncio uma da outra.

Quando o intervalo acabou , fomos em direção a nossa sala para continuar a torura diária. No final das aulas eu e Clary fomos até o mercadinho de Maria conversando.
-E que horas você vai pra lá? dei um google os Delacroix são tipo... Donos do adoçante Delacroix? É literalmente usado na Europa e no mundo inteiro, amiga eles são podres de ricos.
- São eles mesmos. Você tinha que ver o castelo deles. É gigante um dia eu vou conseguir-
fui interrompida pelo som do meu celular tocando então abro a tela de notificações e meu coração fica um pouco acelerado quando vejo de quem se tratava "Maya"
Merda.